Educação

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A Educação no Brasil é algo que gera bastante debate. Já ouvi bastante a seguinte frase: “político não investe em educação porque seu interesse é deixar a população burra, para assim, poder manipula-la”. Mas acredito que, mais do que isso, por um lado o governo brasileiro acostumou-se a criar políticas que geram retorno de curto prazo, por outro, esquecemos que, no combate à ineficiência, a iniciativa privada é a solução. A Educação é uma área em que o retorno do investimento se dá no longo prazo e, como bem sabemos, o representante político está interessado na urna, portanto ele irá procurar investimentos que sejam mais “visíveis” para o eleitorado, para que pensem, erradamente, que ele está lutando pela sociedade, quando o seu real motivo é o interesse por algo que gere um retorno de curto prazo e, assim, consiga se reeleger ou fazer com que o mesmo partido político eleja um sucessor. Esse seria o típico problema para o livre mercado resolver, pois além de reduzir o poder do Estado e sua ineficiência, deixaria de lado a uniformidade do ensino causada pelas escolas públicas e atenderia a todo tipo de demanda.

A educação vai além de uma simples escola, o processo de aprendizado acontece por toda a vida, e a uniformidade do ensino causa um “atraso de vida” para muitos, que poderiam desenvolver suas habilidades em outro lugar ou de outra maneira. O exemplo mais claro é o do jogador de futebol: o que seria dos grandes nomes da bola se tivessem que ficar presos ao ensino de uma escola pública? Além disso, o nivelamento será por baixo, reduzindo a qualidade do ensino e privando os mais inteligentes de desenvolverem sua capacidade. Outro problema é que as crianças de escolas públicas serão reféns da doutrinação empregada em sala de aula, pois a escola que é do governo dificilmente criticará o mesmo.

Nesse sistema, envolvendo educação estatal, fica muito mais oneroso para um pai que coloca seu filho para estudar em uma escola privada, pois além de pagar a mensalidade do filho, ainda estará subsidiando o filho dos outros na escola pública. Além disso, boa parte dos estudantes de universidades públicas, mesmo sendo filhos de pais ricos, são subsidiados por pessoas humildes que, às vezes, nem mesmo possuem filhos. 

Se analisarmos o gasto do Brasil e de países de primeiro mundo, iremos perceber que nosso país tem um gasto mais elevado com educação em relação ao orçamento público do que estes. A primeira coisa que esses dados nos revelam é que enfrentamos um sério problema de má administração dos recursos nessa área, pois o gasto tem sido elevado, mas o retorno não tem se mostrado tão promissor, deixando claro que mais educação não significa mais gasto do governo, como muitos defendem, e que a solução estaria muito mais relacionada à iniciativa privada, no livre mercado, do que às mãos do governo. Outro problema diz respeito ao processo de aprendizagem, que é constituído por uma situação em que o professor se omite dentro de sala de aula, nem tanto por ele, mas pelo sistema que o rodeia, pois é muito mais interessante ceder notas boas para o aluno do que lhe entregar uma nota baixa ou até reprová-lo e gerar “traumas que ele carregará por toda a sua vida”. Tal postura contribui para uma piora considerável no nosso sistema educacional. 

Em nosso país, pouco se fala em método de avaliação de professores, algo que seria de suma importância para a evolução da educação, pois iria medir o nível de desempenho individual, podendo premiar aqueles que estivessem em constante ascensão. Um caso como esse ocorreu em 2012, quando professores de Chicago entraram em greve, que foi encerrada com acordo entre ambos os lados, em que o governo cederia o aumento, porém os professores passariam a ser hierarquizados em nível de desempenho: aqueles que obtivessem um mau desempenho teriam que melhorar sua atuação no prazo de um ano, através da participação em cursos, e depois desse prazo, se não conseguissem obter uma melhora, seriam dispensados.

Como já falei em texto anterior, o Brasil teve a chance de evoluir, assim como evoluir a educação, porém foi muita festa para pouco avanço, quiseram dar o fruto sem ensinar a plantar, e agora o que necessitamos é de uma reforma significativa. A educação só terá o desenvolvimento necessário quando sair das mãos do governo.


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