Série Presidenciáveis: Guilherme Boulos

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Guilherme Boulos (PSOL), representa uma vertente mais moderna do socialismo, que se adaptou perante a notória dinamização da economia de mercado e seu nítido progresso gerado na civilização, alterando sua ênfase para aspectos culturais em detrimento das questões puramente econômicas, embora não as tenha abandonado. Disseminar intrigas sociais artificialmente criadas para dividir a sociedade, enfraquecer sua estrutura hierárquica e deteriorar seus valores constitui a principal plataforma do candidato e de seus correligionários.

Fundado em 2005, oriundo de uma dissidência do PT fundamentada na divergência em relação às políticas econômicas razoavelmente ortodoxas iniciadas pelo governo do PSDB e mantidas por Lula para garantir a confiança do mercado e usufruir da favorável conjuntura comercial da economia global, o PSOL (Partido Socialismo e Liberdade) surgiu com o intuito de resgatar as raízes ideológicas da esquerda nacional. O partido toma como exemplos a serem seguidos governos ditatoriais como os de Cuba, Venezuela e Coreia do Norte, onde há extrema repressão às liberdades individuais e às minorias, supostamente defendidas pelo mesmo. Sua bipolaridade política retrata a essência do modus operandi socialista, que, se readaptando a cada conjuntura social, faz apologia estratégica àquilo que, convenientemente, servir de instrumento para subverter a ordem estabelecida em favor do soerguimento da utopia revolucionária. Apesar de internamente possuir diversidade de vertentes dentro do espectro socialista, tem, em essência, o viés trotskista como acentuado.

Apesar de ter se notabilizado como um dos icônicos líderes de movimentos de esquerda no país, como o MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), e ter passado por MST (Movimento Sem Terra) e UJS (União da Juventude Socialista), Boulos foi recebido em seu atual partido com reprovação de boa parte dos filiados devido à sua ascensão arbitrária à condição de pré-candidato a presidente da República, conduzida por poucos líderes internos e, principalmente, pelo apoio formal do ex-presidente Lula. Vislumbrando a possibilidade de o PSOL se tornar uma extensão do PT, a militância do partido o rejeitou consideravelmente, chegando a demonstrar maior preferência por Jair Bolsonaro para o cargo presidencial do que por Boulos.

Servindo de linha auxiliar do PT na campanha e como uma voz a mais nos debates presidenciais em defesa dos mantras de seu aliado ideológico mais influente, sua candidatura é útil ao interesse daqueles que pretendem retomar o poder no país e dar continuidade ao processo de aparelhamento gradual das instituições nacionais. Por meio da incitação da luta de classes, promovendo invasões a propriedades privadas e atos violentos, figura no cenário político brasileiro como mais um instrumento do cada vez mais hegemônico propósito marxista.


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