Prudência e sofisticação x palavrões e xingamentos: uma análise sobre a reunião ministerial

Político luta para que falar palavrão deixe de ser crime

Como é sabido por todos, o ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu, no último dia 22 de maio, retirar o sigilo parcial da gravação audiovisual da reunião ministerial realizada no dia 22 de abril.

Já esboçando nossa opinião, pela decisão, somente a parte da reunião que envolveu discussões sobre outros países não foi divulgada, o que, para nós, representa um abuso de autoridade, já que a veiculação deveria ser feita apenas dos trechos referentes à suposta interferência política, relatada pelo ex-ministro Moro, na Polícia Federal. A reunião foi citada por Sergio, durante depoimento prestado à PF, no início do mês, como suposta prova da interferência.

Ressalte-se que, desde o pedido de demissão de Moro, o presidente nega que tenha pedido para o então ministro interferir em investigações da PF.

Sendo assim, vamos à analise da tão “avassaladora” reunião! 

Bem, muito se esperava da divulgação do vídeo da reunião ministerial. Alguns a elencavam como a “bala de prata” que derrubaria o presidente, já para outros seria a “última pá de cal” na trajetória política de Jair Bolsonaro. Alguns queriam apenas “endossar” a narrativa de ter deixado a base bolsonarista, já a esquerda e a nova esquerda (sim ela existe) queriam mesmo a configuração de crime para dar seguimento ao tão sonhado impeachment... Ao que parece, NENHUMA dessas pretensões se concretizou!

Afinal, o que vimos dessa reunião? Vimos a mídia em polvorosa! Sim, tivemos “Plantão da Globo” para divulgação da reunião. Vimos narrativas prontas, prestes a serem ”startadas”, vimos todas as TVs abertas e fechadas divulgando o mesmo conteúdo, porém todos “ATÔNITOS”. Atônitos não por “negociações não republicanas”, não por “rachadinhas”, não por financiamentos irregulares com empreiteiras, não por dinheiro do BNDES sendo destinado a ditaduras... Então, o que eles viram/ouviram de tão grave na “bendita” reunião? PALAVRÕES e XINGAMENTOS, sim, isso deixou toda a mídia, parte da classe política e a “esquerda caviar” do nosso país sem reação.

Isso foi tão grave que as manchetes dos jornais como: FOLHA, ESTADÃO, UOL, DCM, O GLOBO e tantos outros, realizaram uma verdadeira compilação dos palavrões. Os contaram um a um, fazendo a separação entre os proferidos pelo presidente, e os proferidos pelos ministros! Sim, eles fizeram isso. 

Voltemos um pouco: a reunião foi divulgada para comprovar ou não a interferência do presidente Bolsonaro na Polícia Federal, certo? A análise deveria partir desse pressuposto, mas não foi isso o que ocorreu. Como se restou CLARO que em nenhum momento houve tentativa de interferência o que sobrou foi acusar a FALTA DE LITURGIA COMPATÍVEL COM O CARGO apresentada pelo Presidente da República, pelo fato de proferir palavrões.

Bem, sou cristã/protestante e não tenho costume de chamar palavrões, não estou aqui defendendo o uso dos mesmos. Porém, o que vejo nesse caso é uma hipocrisia generalizada, haja vista que os mesmos que hoje defendem a “quebra do decoro” se comportam de forma ainda pior. Chamar palavrões para esse pessoal é o de menos!

Na reunião, vimos um presidente que fez uso de 37 ou 34 palavrões (nem a mídia que compilou chegou a um acordo rsrs), mas que expressava preocupação com, em algum momento futuro, assumirem o governo do país com a intenção de impor uma ditadura, por encontrar a população desarmada. Um presidente defendendo veementemente as liberdades individuais, que têm sido violadas por abusos de poder e autoridade cometidos pelos decretos de alguns prefeitos e governadores. Um presidente que defendia o armamento civil como reação à não implantação de uma ditatura. Um presidente preocupado com o povo, com bandeiras conservadoras (as mesmas que o elegeram), como; DEUS, FAMÍLIA, BRASIL, LIBERDADE DE EXPRESSÃO E LIBERDADE ECONÔMICA.

Eles alegam ter visto um show de horrores. Nós, porém, vimos excessos! Excesso de patriotismo, compromisso com a nação, com valores e com o dinheiro público. Vimos a Ministra Damares, revoltada por idosos e crianças estarem sendo presos. Vimos o Ministro da Infraestrutura dizer que não precisava mais de dinheiro para a sua pasta, porque o que tinha era suficiente. 

Jair Bolsonaro é o mesmo! O mesmo de antes da campanha eleitoral, o mesmo do pleito de 2018, o mesmo da reunião ministerial.

Não, ele não tem sofisticação, nem polidez, nem porte de um gentleman, mas tem algo que o Brasil necessitava. HONRADEZ!

Aos que se indignaram com os palavrões, peço que se indignem também com as violações constitucionais, com o massacre que o povo tem sofrido, com os desvios de dinheiro público, com a erotização de nossas crianças, com os farsantes que posam de bons moços nas câmeras, mas não têm compromisso algum com o povo.

Prudência e sofisticação neste governo teremos, mas apenas no que diz respeito ao erário público e aos compromissos estabelecidos.

Não esperem um JAIR diferente. Foi exatamente esse que foi ELEITO. 

Antes palavrões que MENSALÕES. Antes xingamentos que APARELHAMENTOS.


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Comentários

  1. Concordo plenamente, por mim ele está perdoado pelos palavrões, desde que continue sendo o mesmo defensor fervoroso do nosso País contra essa corja maldita que estava nos destruindo.

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