BRASIL: MORAES SE REÚNE COM LIRA PARA TENTAR “APROXIMAÇÃO”

A temperatura subiu: o dia em que os militares entenderam que “notinhas” não resolvem nada

A esquerda, os militares e o imperialismo - Outras Palavras

Caros leitores, sabemos todos que o Brasil não é para amadores. A impressão que temos é que “não temos um minuto de paz nessa república”. E dessa vez a temperatura subiu entre os militares e o ministro do STF Gilmar Mendes.

No último dia 11 de Julho (sábado), durante uma live realizada pela IstoÉ, o ministro Gilmar Mendes afirmou que o Exército está “se associando a um genocídio” (que significa a morte de dezenas de milhares de pessoas) no Brasil, por causa da Covid-19.

Essa fala extremamente infeliz deixou os generais do Planalto furiosos, e com razão!

No mesmo sábado, o Ministério da Defesa reagiu, elencando,uma a uma, todas as atividades de combate à pandemia em que 34 mil militares estariam envolvidos. 

“O MD tem compromisso com a saúde e com o bem-estar de todos os brasileiros de norte ao sul do País”, disse a nota oficial.

Todavia, a nota não foi o fim, mas apenas o começo. 

Até que enfim perceberam que notinhas não resolveriam mais.

Não é segredo para ninguém que o STF, através de seus ministros e atos, tomou uma postura de “esticar a corda”. Aquilo que aprendemos nos bancos das Universidades, como a teoria de Montesquieu da separação dos Poderes e limites entre si, parecem não se aplicar mais no Brasil.

Todos os dias presenciamos interferências de todas as ordens do STF, tanto no Executivo, como no Legislativo, comprometendo firmemente a harmonia entre os poderes, que cá para nós, faz tempo que não existe, né?! Temos hoje uma “quase” ditadura togada!

Ao longo dessas interferências, notas e mais notas foram emitidas, mas nenhuma foi suficiente. Desta vez, após esbravejar um pouco pela imprensa, chamando de levianas e fora do tom as declarações de Gilmar Mendes, os militares resolveram revidar para valer, pedindo à PGR que tome as “medidas cabíveis”.

A nota sobre a ação a ser tomada, divulgada na segunda-feira (13/07) pelo ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, e pelos chefes das Três Forças — Marinha, Exército e Aeronáutica —, partindo para o “confronto” com ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), teve aval do presidente Jair Bolsonaro. 

O Ministério da Defesa decidiu acionar a Procuradoria-Geral da República contra o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, por sua declaração infeliz, onde aduziu que o exército estava se associando a um genocídio, isto é, além de acusar o exército de apoiar um genocídio, ainda “entre linhas” acusou o Presidente da República de ser um genocida.

Vivemos um tempo em que palavras de significados fortes vêm sendo desvalorizadas. Fascismo, Nazismo e genocídio são algumas delas.

Muitas pessoas nem ao menos sabem o que elas significam, mas as utilizam de forma errônea e equivocada.

Genocídio é uma palavra que vem sendo desvalorizada no debate público. Aparece frequentemente quando há morte em grandes números, mas não deveria ser assim. Aplicam uma palavra que tem um peso histórico e jurídico sem as devidas reservas.

Os judeus, os armênios e tantos outros povos sabem que genocídio é morte com método, resultante da intenção de exterminar um grupo inteiro de pessoas, agindo de maneira sistemática. Como, por exemplo, usando câmaras de gás, fuzilamentos, etc..

Genocídio é crime.

É crime no Brasil, é crime também perante a legislação internacional. 

Genocídio é crime contra a HUMANIDADE, é exatamente aí onde reside o ABSURDO.

Se um ministro do STF aduz de forma equivocada e absurda que as Forças Armadas estão empenhadas em cometer assassinato em escala industrial, cabe reagir. Inclusive por meio da PGR.

O Exército brasileiro não é genocida. Os generais que compõem o Planalto também não. O Presidente Jair Bolsonaro, menos ainda.

Temos um Governo comprometido em “estancar” a sangria ocasionada por uma pandemia que parou o planeta.

Países de primeiro mundo, desenvolvidos e emergentes sentiram o impacto profundo que é enfrentar uma pandemia; muitos delesnão investiram um quarto do que o Brasil investiu, mas não têm seus representantes chamados de “genocidas”.

O governo brasileiro pensou tanto no âmbito da saúde quanto na economia; investiu de forma contundente e fez com que o país não colapsasse em nenhuma dessas áreas.

O ministro Gilmar Mendes foi infeliz ao fazer tal declaração, mas por outro lado, as Forças Armadas foram extremamente FELIZES ao partir para algo mais contundente!

Notinhas não resolvem mais nada nesta República, o jeito agora é judicializar. Que a Procuradoria-Geral da República faça o seu papel e que de forma constitucional consiga impor limites àqueles que perderam a linha faz tempo.


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