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Economia no pós-pandemia


Recentemente foi divulgada a taxa do crescimento da economia chinesa no 2º trimestre, e foi constatado um aumento de 3,2%, em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, mostrando sinais de recuperação frente ao recuo de 6,8% que teve no 1º trimestre, em relação ao ano anterior. Esses dados levam ao questionamento de quais decisões deverão ser prioridade no pós-pandemia para a recuperação econômica.

Sem sombra de dúvidas muito vai se ouvir falar sobre John Keynes, que é reverenciado como o criador da macroeconomia e maior economista da primeira metade do século XX. Keynes muito nos ensinou sobre recuperação econômica após uma grande depressão. De forma bastante resumida, seu modelo (que é utilizado de forma errônea em muitos governos) funciona de forma anticíclica, isso quer dizer que em uma economia em recessão, o governo pode aumentar seus gastos sem adquirir problemas fiscais, estimulando e impulsionando a economia, e na retomada da produção ele reduz seus gastos. O resultado final seria uma dívida pública menor proporcionalmente ao PIB.

O que deve ser destacado é que Keynes desenhou um modelo para países que realmente estejam passando por uma recessão, com a oferta substancialmente maior que a demanda por produtos e serviços, com a taxa de desemprego elevada, etc.. A conjuntura econômica em que estamos e vamos enfrentar foge desse padrão apontado pelo economista. Isso pelo fato de que o governo aumentará seu déficit, mas para os cidadãos se protegerem da pandemia. Sendo assim, não teríamos o retorno do crescimento econômico e do emprego apontados pelo modelo keynesiano. Diante dessa conjuntura, a situação poderá ficar ainda pior, pois é possível que ocorra um aumento do déficit público, ao mesmo tempo em que ocorre uma redução do emprego (aumento do desemprego). Somente diante de decisões econômicas bem desenhadas, que impedissem falência de empresas eficientes, seria possível conseguir certo crescimento do emprego no longo prazo.

É possível que, para alguns cidadãos, uma das soluções para o pós-pandemia seria a impressão de papel moeda, para que o governo pagasse o déficit. Já vimos aqui no blog que essa decisão apenas gera inflação e que para tal decisão o país teria que abrir mão da estabilidade do nível geral de preços.

Portanto, devemos prestar bastante atenção quando for falado em Modelo Keynesiano ou impressão de papel moeda para retomada da economia no pós-pandemia, pois tais decisões podem levar a custos ainda maiores e agravar a crise no país.


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