Os manifestantes estão na Acadêmia da PF desde a manhã de segunda-feira 9. “Eles chegaram por volta das 8 horas da manhã, mas só receberam alimentação às 18 horas”, denunciou Magalhães.
Inicialmente, crianças e idosos também estavam no local. Contudo, ontem à noite, os jovens foram levados por responsáveis ou pelo Conselho Tutelar. Já os idosos com mais de 60 anos e com comorbidades saíram do local nesta terça-feira, de ônibus. Eles seguiram em direção à Rodoviária de Brasília.
Segundo Magalhães, na Academia da PF está ocorrendo uma espécie de triagem. A intenção é facilitar o encaminhamento dos presos para o presídio da Papuda (masculino) e da Colmeia (feminino). No local, existem salas onde os policiais realizam individualmente os procedimentos de revista, identificação do manifestante e oitiva.
O advogado ainda explica que, na fase processual da prisão, é preciso que haja a individualização da pena de cada pessoa. E, para isso acontecer, é necessário ter provas de que eles, de fato, cometeram algum crime. Segundo a PF, até o momento, o número total de presos é de 727 pessoas.
“Ontem, atendi um senhor com problemas cardíacos, que estava com um filho autista”, disse o advogado, ao relatar o descaso com os detidos. “Ambos estavam no ginásio, sem nenhum medicamento. Tinha também uma senhora que estava indo para outra cidade e, no momento em que o ônibus com os manifestantes parou, ela perguntou se o veículo iria para o destino dela. Disseram que sim. Ela veio parar na Academia da PF e ficou aqui até as 2 horas da manhã.”
Em frente ao ginásio, muitos familiares ainda aguardavam notícias de seus entes queridos, mas não tiveram sucesso. Na ocasião, uma filha sentou-se na calçada e começou a chorar desesperadamente, pois não tinha nenhuma notícia da mãe.
“O que o ministro Alexandre de Moraes fez, basicamente, foi ‘pegar’ um estádio de futebol com torcidas organizadas envolvidas em uma confusão e mandar fechar tudo e prender a todos”, disse o advogado André Alves. “Mas será que todos realmente participaram da confusão? Em um presídio comum não se pode misturar homens e mulheres, quanto mais crianças e idosos. Mas todos estavam juntos.”
Pela manhã, a advogada Hellen Costa acompanhou algumas das mulheres presas no processo de corpo de delito do Instituto Médico Legal. A advogada explica que muitas delas estavam sangrando, sem ter acesso a nenhum absorvente. Outras ainda tiveram surtos psicóticos. “Elas não haviam nem se alimentado da forma correta”, destacou Hellen, ao afirmar que ela não estava defendendo atos de vandalismo. “Quem providenciou a alimentação foram os médicos legistas e os policiais que estavam nos acompanhando”, disse a advogada. “Dois policiais vieram conversar comigo. Um deles chorou, pedindo para a OAB tomar alguma posição, pois aquelas pessoas não eram criminosas.”
Fonte: Revista Oeste.
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