BRASIL: ALCOLUMBRE PREPARA PROJETO PARA EVITAR INTERFERÊNCIAS DO STF NO CONGRESSO


O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), está articulando a aprovação de um projeto que visa limitar o acesso de partidos políticos ao Supremo Tribunal Federal (STF) para questionar votações já concluídas pela Câmara dos Deputados. A proposta é mais um capítulo da crescente tensão entre o Congresso Nacional e o Judiciário, e representa um esforço do Senado para reafirmar a autonomia do Poder Legislativo em meio ao aumento da judicialização de pautas políticas.

Confira detalhes no vídeo:

O projeto em tramitação tem como objetivo principal impedir que legendas partidárias utilizem o STF como instância para reverter decisões legislativas, especialmente aquelas que enfrentam resistência de setores específicos ou minoritários da sociedade. Na avaliação de Alcolumbre e de outros parlamentares, essa prática tem sido usada de forma excessiva e compromete a soberania do Parlamento.

O movimento de Alcolumbre ocorre em um momento de acirramento institucional entre os Três Poderes. Parlamentares de diversas correntes ideológicas têm demonstrado preocupação com o que consideram uma ampliação indevida das competências do Judiciário. Ao buscar restringir os instrumentos jurídicos disponíveis às legendas, o presidente do Senado pretende fortalecer a autoridade do Congresso e reduzir o impacto de decisões externas sobre matérias aprovadas democraticamente pelos representantes eleitos.

Além de uma resposta direta ao que chamam de "ativismo judicial", a proposta também tem um viés estratégico. Em votações polêmicas, a possibilidade de judicialização costuma gerar incerteza quanto à validade das decisões parlamentares. Para os líderes do Congresso, isso enfraquece o peso das casas legislativas e abre espaço para instabilidade política. A nova medida, se aprovada, funcionaria como um filtro, limitando as hipóteses em que um partido pode acionar o STF com ações diretas de inconstitucionalidade ou outras iniciativas jurídicas.

A reação a essa iniciativa deve gerar debate dentro e fora do Parlamento. Enquanto alguns setores enxergam na proposta uma tentativa legítima de reequilibrar os Poderes e proteger a independência legislativa, outros podem interpretá-la como uma limitação ao papel do Judiciário como garantidor da Constituição e dos direitos das minorias.

A articulação de Alcolumbre conta com apoio de parte significativa da base aliada, especialmente entre aqueles que enxergam a proposta como uma oportunidade de restabelecer fronteiras institucionais claras. O projeto ainda precisará passar por comissões temáticas antes de ser levado ao plenário do Senado, e deverá enfrentar resistência por parte de partidos e entidades da sociedade civil.

O avanço dessa pauta será acompanhado com atenção por todo o meio político. Sua eventual aprovação pode redefinir os limites de atuação entre Legislativo e Judiciário, em um momento em que as disputas institucionais moldam de forma decisiva o funcionamento da democracia brasileira.

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