O Itamaraty divulgou uma resposta oficial ao artigo da revista britânica The Economist, que apontou uma perda de influência do Brasil no cenário internacional e uma popularidade em baixa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no país. A carta, assinada pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, defendeu o que chamou de "autoridade moral indiscutível" do presidente, reforçando o compromisso do Brasil com valores como democracia, sustentabilidade e paz.
Confira detalhes no vídeo:
A resposta oficial foi enviada pela embaixada brasileira em Londres e também criticou a revista por questionar a posição do governo brasileiro em relação aos ataques dos Estados Unidos às instalações nucleares do Irã, um tema sensível nas relações internacionais. O Itamaraty defendeu a condenação brasileira aos ataques e criticou a visão expressa pela publicação.
O gesto do governo brasileiro de responder a uma revista estrangeira importante, mas não nacional, é interpretado por analistas políticos como um sinal de que as críticas foram sentidas com intensidade pelas autoridades brasileiras. O artigo da The Economist entrevistou especialistas brasileiros de diversas universidades, que fizeram análises críticas à política externa de Lula, apontando seu alinhamento com governos considerados autoritários, como os do Irã e da Rússia.
Entre as críticas destacadas estão a postura do presidente em relação ao conflito entre Ucrânia e Rússia, com acusações de que Lula teria minimizado a responsabilidade russa no conflito, além de ter uma posição amistosa com líderes como Vladimir Putin. Também foi citado o questionamento à postura do governo brasileiro sobre Israel e ao combate ao negacionismo climático.
A resposta oficial do Itamaraty, no entanto, é vista por alguns especialistas como uma tentativa de misturar questões pessoais e partidárias do presidente com os interesses de Estado, algo que pode gerar confusão entre as funções do governo e as do Partido dos Trabalhadores. Essa mistura é apontada como um dos fatores que diferenciam democracias de regimes autoritários, nos quais não há distinção clara entre partido e Estado.
Outro ponto ressaltado durante debates políticos foi a diferença da recepção da revista em momentos anteriores. Em 2009, quando a The Economist destacou o crescimento econômico do Brasil com uma capa simbólica, o governo brasileiro recebeu a publicação de forma positiva, sem críticas. Já agora, diante das críticas ao governo atual, a reação foi de contestação e defesa.
A revista, que é amplamente lida no mundo ocidental, inclusive nos Estados Unidos, foi alvo de uma resposta que buscou contestar a narrativa de que o Brasil estaria inerte no cenário geopolítico global. A publicação sugeriu que o país não teria peso na economia nem nas decisões internacionais, afirmando que a liderança de Lula estaria fragilizada.
Além disso, a revista comentou a relação do Brasil com o presidente americano Donald Trump, destacando que Trump, atualmente muito ativo politicamente e geopoliticamente, não reconheceria Lula como um interlocutor importante. Essa crítica reforça a percepção de isolamento do Brasil diante de líderes conservadores globais.
Por fim, a resposta brasileira ressaltou que, apesar das críticas internas e externas, o compromisso do país com a democracia e o desenvolvimento sustentável permanece firme, destacando a importância de manter o respeito nas relações internacionais e buscar o diálogo construtivo.
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