O jurista Ives Gandra da Silva Martins se pronunciou por meio das redes sociais para comentar os resultados de uma pesquisa recente que aponta uma insatisfação generalizada da população brasileira com o Supremo Tribunal Federal. Segundo os dados, a maioria dos brasileiros não apenas desaprova a atuação da Corte, como também declara sentir vergonha de suas decisões e posicionamentos. Diante disso, Gandra expressou preocupação com o distanciamento entre o STF e a sociedade.
Em seu discurso, o jurista afirmou que mantém respeito pela instituição, por entender sua importância como instância máxima do Judiciário brasileiro. Ele deixou claro que suas críticas não têm como alvo o Supremo enquanto instituição, mas sim algumas decisões e posturas recentes que, segundo ele, têm causado desgaste e alimentado o descontentamento popular.
Para Gandra, atitudes de certos ministros e decisões que invadem atribuições de outros poderes têm sido um dos principais motivos para a crise de imagem da Corte. Ele citou episódios marcantes, como declarações que soaram ofensivas ao povo brasileiro e posicionamentos em temas legislativos, como a regulação das redes sociais, que deveriam estar sob responsabilidade do Congresso Nacional.
O jurista destacou que a função do STF deve ser a de interpretar a Constituição e garantir seu cumprimento, e não agir como um poder legislativo paralelo. Na visão dele, essa ampliação das competências da Corte desfigura sua missão original e fragiliza o equilíbrio entre os Três Poderes, além de minar a confiança da sociedade na Justiça.
Apesar das críticas, Gandra afirmou ser contra qualquer proposta de impeachment de ministros, defendendo, em vez disso, uma mudança de comportamento interna. Segundo ele, é preciso que os próprios integrantes do Supremo adotem uma postura mais moderada e se limitem às atribuições previstas na Constituição.
Ele demonstrou expectativa positiva em relação à futura presidência do STF, que será exercida pelo ministro Edson Fachin. Para Gandra, Fachin já demonstrou sensibilidade quanto à necessidade de maior contenção por parte da Corte e pode contribuir para uma retomada da confiança pública no Judiciário.
O jurista também alertou para o impacto negativo que o atual cenário tem causado entre os brasileiros. Segundo ele, o sentimento de vergonha expressado por parte da população reflete um incômodo real e crescente, que precisa ser enfrentado com seriedade pelos ministros. A resposta, na sua avaliação, não está no confronto, mas na reconciliação entre o Supremo e os cidadãos, por meio de uma atuação mais equilibrada, técnica e respeitosa dos limites constitucionais.
Ao final, Ives Gandra defendeu que o país precisa de estabilidade institucional e que o Judiciário tem papel essencial nesse processo. Para isso, é fundamental que o STF retome sua função original de intérprete da lei, sem se colocar acima dos demais poderes. Segundo ele, só assim será possível restaurar o respeito da sociedade e garantir a harmonia prevista na ordem democrática brasileira.
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