VÍDEO: PRESIDENTE ALIADA DE LULA SOFRE IMPEACHMENT POR MOTIVO INUSITADO


O Congresso do Peru aprovou o impeachment da presidente Dina Boluarte, mergulhando novamente o país em uma crise política que já se tornou recorrente. A decisão, tomada por ampla maioria com 121 votos favoráveis, marcou o fim do governo da líder que havia assumido o comando em 2022, após a queda de Pedro Castillo. O episódio reforça o clima de instabilidade que domina o cenário político peruano nos últimos anos — desde 2018, o país já teve seis presidentes, refletindo um sistema em constante turbulência.

Dina Boluarte chegou ao poder após a destituição de Castillo, que tentou dissolver o Congresso e impor medidas consideradas autoritárias, o que levou à sua prisão imediata. Na ocasião, Boluarte, então vice-presidente, assumiu a liderança prometendo estabilidade e diálogo. Entretanto, seu governo acabou sendo marcado por denúncias de corrupção, perda de apoio popular e o avanço da criminalidade em várias regiões do país.

O Congresso decidiu afastá-la sob a justificativa de “incapacidade moral para governar”. Entre as acusações que pesaram contra ela está o escândalo conhecido como “Rolexgate”, no qual a ex-presidente é suspeita de possuir uma coleção de relógios de luxo não declarados oficialmente. As investigações sobre o caso, somadas à insatisfação política e às manifestações populares, foram decisivas para a aprovação de seu impeachment.

Com a destituição, quem deve assumir o cargo de presidente é Hernán Condori, atual líder do Congresso. Segundo a Constituição peruana, o chefe do Legislativo é o próximo na linha sucessória em caso de vacância da presidência. Condori, porém, também é alvo de acusações relacionadas à má gestão de recursos públicos, o que aumenta a incerteza sobre a estabilidade do novo governo. Sua postura conservadora e as denúncias que o cercam geram dúvidas sobre a capacidade de restabelecer a confiança da população nas instituições.

O Parlamento peruano enviou ainda comunicados a diversas embaixadas alertando para a possibilidade de Boluarte pedir asilo político fora do país. Entre os destinos cogitados está o Brasil, onde outros líderes peruanos já obtiveram refúgio em situações semelhantes. As autoridades pediram oficialmente que nenhum governo estrangeiro acolha a ex-presidente, argumentando que ela deve permanecer no Peru para responder às acusações de corrupção.

A destituição de Boluarte é mais um capítulo na longa sequência de crises que abalam a política peruana. A alternância constante de líderes, somada aos casos de corrupção e às disputas internas entre o Executivo e o Congresso, tem aprofundado a desconfiança da população e fragilizado as instituições.

O país enfrenta agora o desafio de restaurar a estabilidade política e econômica, enquanto cresce o ceticismo quanto à possibilidade de um governo duradouro. Com a saída de Boluarte e a posse iminente de Condori, o Peru inicia mais uma transição incerta, em meio a protestos, investigações e a sensação de que o ciclo de instabilidade está longe de chegar ao fim.


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