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Liberalismo e a pandemia

A pandemia e o liberalismo

Diante da crise instaurada a nível mundial, impulsionada pela pandemia do novo Coronavírus, percebemos que o liberalismo econômico continua sendo a melhor escolha para países que buscam seu desenvolvimento de forma sustentável. Contrariando o pensamento de muitos que defendem que o liberalismo não se sustenta em momentos de crise, os três países mais liberais do mundo (de acordo com a Heritage Foundation), Hong Kong, Singapura e Nova Zelândia, estão fazendo um trabalho exemplar de combate à crise atual, protegendo tanto sua população, pois os três países juntos apresentam menos de 100 pessoas mortas pelo Coronavírus, quanto reduzindo prejuízos econômicos. 

O que mais temos visto é a deturpação do modelo liberal econômico, seja por falta de conhecimento, seja por usar de má fé, ao dialogar sobre o modelo, mas o fato é que o liberalismo não defende um Estado omisso, um Estado insignificante, mas sim, um Estado que sirva ao indivíduo, e não o indivíduo que sirva ao Estado. A grande diferença é que os países que adotaram o liberalismo passaram a ter um Estado mais eficiente, por ser mais “enxuto”, e com menos atribuições, ele passa a focar no que seria considerado mais importante para a população, constituindo os serviços públicos de forma mais sensata e mais adequada. É isso que é considerado um Estado mínimo para o liberalismo econômico, ele deve ter suas atribuições reduzidas, focando no que é essencial, mas deve ser forte institucionalmente, o que pode ser perfeitamente traduzido na fala de Margaret Thatcher ao afirmar que defendia um Estado pequeno e forte. 

O que percebemos nos três países citados acima é que com um Estado trabalhando para a população de forma mais eficiente, com seu foco voltado apenas em garantir a ordem e o cumprimento das leis, eles conseguiram tomar medidas de forma precoce, protegendo sua população. Cada país possui suas particularidades e, por causa disso, as decisões foram tomadas com base na realidade de cada um, porém o que todos eles têm em comum, além de ter tomado decisões tão cedo, pode se resumir nas palavras do Ministro do Desenvolvimento de Singapura, Lawrence Wong, que afirmou que "Este é o espírito de Singapura no trabalho: governo, setor privado e o povo trabalhando todos juntos, e acredito que esse é o espírito que nos permitirá superar tudo isso, juntos". 

O liberalismo defende a ideia de que a justiça social é responsabilidade da sociedade civil, intermediada pelo setor privado. Com a ajuda do setor privado, as atividades que aumentam a qualidade de vida do indivíduo seriam mais eficientes. Dessa forma, teríamos serviços entregues de forma menos burocrática, sem benefício de determinados grupos em detrimento de outros, com incentivo ao desenvolvimento tecnológico. Citando o caso brasileiro, que está longe de ser um país liberal, percebemos o quão burocrático foi, desde a compra, seja de equipamentos ou medicamentos, até a utilização destes, para o combate do Coronavírus, retardando todo o processo. Diferente disso, percebemos, nos três países citados acima, mais uma vez a eficiência e a agilidade, quando Estado, setor privado e população compreendem suas atribuições particulares, com o primeiro focado no que seja necessário, com suas delegações minimizadas, mas forte o bastante a ponto de ser capaz de organizar a sociedade civil; o segundo fornecendo seus serviços e todo o seu avanço tecnológico, onde as empresas entendem seu papel e sabem que é necessário ser feito de forma responsável para sobreviver ao mercado; e a terceira consciente de seus direitos e deveres, sabendo que está usufruindo o que melhor pode ser oferecido para ela. 

Talvez essa seja uma das respostas, ou pelo menos o alicerce para que os danos sejam minimizados, pautado nos conceitos básicos do liberalismo econômico, quando a tríade é formada e Estado, iniciativa privada e população, com suas responsabilidades bem definidas, caminham juntos em busca de um único ideal.


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