O ex-presidente Jair Bolsonaro passa por um período delicado de saúde após ser submetido recentemente a uma endoscopia digestiva, que apontou um quadro preocupante. O exame revelou uma esofagite intensa com sinais de inflamação e erosões na mucosa do esôfago, além de uma gastrite de grau moderado. Diante desses achados, os médicos decidiram intensificar o tratamento com medicamentos e recomendaram repouso absoluto em casa, dieta controlada e limitação no uso da voz.
Confira detalhes no vídeo:
O boletim médico, divulgado pela própria equipe do ex-presidente, evidenciou a gravidade do quadro. Bolsonaro, que já vinha se queixando de problemas digestivos nas últimas semanas, agora enfrenta a exigência de cuidados mais rígidos para evitar agravamento. Segundo relatos de pessoas próximas, ele tem convivido com episódios recorrentes de vômitos e soluços prolongados — sintomas que o têm debilitado severamente.
Carlos Bolsonaro, um dos filhos do ex-presidente, usou as redes sociais para expressar sua angústia diante da situação. Em publicação feita na plataforma X (antigo Twitter), ele lamentou o estado de saúde do pai e criticou o que considera ser uma onda de insensibilidade, inclusive entre supostos aliados da direita. A mensagem carregada de emoção destaca o esgotamento físico e emocional enfrentado por Bolsonaro e sugere que ele tem se submetido a sacrifícios intensos, mesmo após uma cirurgia complexa, realizada há cerca de dois meses.
A cirurgia em questão durou mais de dez horas e foi mais uma das várias intervenções médicas realizadas desde a facada sofrida durante a campanha presidencial de 2018. Desde então, Bolsonaro passou por sete procedimentos cirúrgicos relacionados ao episódio. Mesmo diante das limitações físicas, ele seguiu com uma agenda ativa, participando de manifestações em Brasília e São Paulo, o que pode ter contribuído para a piora de seu estado clínico.
Nos bastidores políticos, o agravamento da saúde de Bolsonaro levanta questionamentos quanto à sua capacidade de manter o protagonismo no cenário nacional, especialmente em um momento em que enfrenta processos judiciais relevantes no Supremo Tribunal Federal. Há especulações sobre a possibilidade de o ex-presidente tentar utilizar seu quadro médico como argumento para um eventual pedido de prisão domiciliar, a exemplo do que ocorreu com o ex-presidente Fernando Collor.
Diante disso, parte da direita começa a discutir um possível vácuo de liderança. Bolsonaro, até aqui, tem sido o principal articulador e símbolo de resistência ao atual governo e ao que seus apoiadores chamam de “ativismo judicial”. Durante manifestações recentes, ele reafirmou a importância de ampliar a presença da direita no Congresso, defendendo a necessidade de conquistar ao menos metade das cadeiras como forma de equilibrar os poderes e frear decisões monocráticas do Judiciário.
A combinação entre desgaste físico e desafios jurídicos desenha um cenário de incerteza sobre o futuro de Bolsonaro. Ainda que continue a mobilizar parte expressiva da população, os próximos meses serão decisivos para determinar se sua liderança política resistirá à pressão do tempo, das instituições e, agora, da própria saúde.
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