A caridade tem o rosto


A propriedade das coisas foi determinada biblicamente para o indivíduo amar ao próximo como a ele mesmo, satisfazendo suas necessidades pessoais e, estando ele vivo, poder expandir o que possui (sua produção) e garantir as necessidades e vontades (a continuidade da vida) dos outros: antes, de sua família, depois, dos demais indivíduos da comunidade. 

O amor também é manifestado através das riquezas materiais, e de dois modos: 

Um; com o criador delas negociando-as, isto é, vendendo-as pelo preço que elas demandam de seu valor intrínseco, a partir da inteligência e dos esforços empregados para constituí-las bens humanos a ser escambadas por um outro bem de igual valor ou por um símbolo (dinheiro) que represente um bem real de maior valor que elas e que compense (com lucro) àquele (criador) ampliar trabalho e resultados (produção) para a vida continuar; a vida dele, da família, e da comunidade. 

Dois; com o próprio criador doando voluntariamente (sem custos ao beneficiado) parte de sua produção, gratuitamente, voluntariamente, espontaneamente de seu coração; através da partilha daquilo que ele tem. 

Aqui percebemos o verdadeiro significado de gratuito: dar o que tenho em gratidão a Deus pelas bênçãos que tenho, entre elas a de poder trabalhar, criar riquezas e, através delas, poder amar. 

As riquezas criadas pelo homem são um prolongamento da personalidade dele que se transmite para os outros, é uma forma de ele comunicar o ser dele e conhecer o ser dos outros, e de ser perpétuo como Deus. 

Perceba que para que esta forma material de amor ao próximo aconteça (caridade financeira), a propriedade precisa estar assegurada radicalmente ao indivíduo. 

Nós só partilhamos o que possuímos, nós só dividimos o que é legitimamente nosso. 

Não há caridade por parte do Estado, porque o Estado, não tendo alma, também não possui um corpo próprio e inteligente para transformar, através das faculdades humanas, matéria prima em produtos consumíveis, em bens humanos de valor. 

O que Estado faz é se apropriar violentamente das coisas que ele não criou para dar-lhes um destino diverso daquele que seria dado por seus criadores a quem realmente precisaria delas, seja o cliente, seja o mendigo. 

Quando o Estado cobra imposto alegando ajudar a sociedade, ele está na verdade tomando parte do que você criou para desperdiçar com seus caprichos e os caprichos de seus amigos privilegiados. 

O Estado ao espoliar os bens produzidos pelos homens livres impede o reconhecimento mútuo entre quem ofertou o bem e quem recebeu o bem. 

Sem reconhecimento dos seus autores o ato da doação tem seu rosto desfigurado e a caridade perde totalmente o sentido.


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