Brasil: confira as mudanças de ontem (29) no governo Bolsonaro; presidente perde aliado ideológico e escala parlamentar de esquerda


Ontem (29) o governo Bolsonaro sofreu um número considerável (seis) de mudanças no comando de seus cargos importantes: 

O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, um ícone do conservadorismo qualificado que fazia uma política externa histórica e promissora, na qual o Brasil se aproximou de países desenvolvidos e que trouxeram ganhos diplomáticos/comerciais consideráveis, como nos casos de Estados Unidos, Índia, Israel e Japão, foi caçado por parlamentares do centrão e simpatizantes da política externa chinesa sob suposta justificativa que apontou ineficiência na negociação por vacinas, quando, na verdade, o Brasil está entre os países que mais vacinam no mundo contra Covid-19, e foi levado a pedir demissão para "não gerar problemas ao governo". Sua saída significa a grande perda de um importante aliado ideológico do presidente e um baluarte do conservadorismo no governo. Uma tendência pode estar se configurando no sentido da diminuição da influência desse perfil na equipe ministerial e em suas ramificações, tendo em vista a saída de Abraham Weintraub e campanhas midiáticas difamatórias contra membros como Filipe Martins e Ricardo Salles.

O ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, que possui histórico duvidoso, por ter sido assessor do ministro do STF Dias Toffoli, ex-advogado do Partido dos Trabalhadores, surpreendeu ao também pedir demissão ontem (29). Não se sabe o real motivo de sua saída, mas especula-se que tenha sido por divergências incômodas de posicionamento político e institucional entre ele e o presidente.

Na Advocacia-Geral da União (AGU), José Levi foi demitido após mal-estar gerado por assessoria ineficiente quando o presidente enviou uma ação judicial ao STF apontando algumas medidas de restrição à liberdade básica de cidadãos ilibados pelo país como inconstitucionais. O documento, no entanto, tinha apenas a assinatura de Bolsonaro, o que fez com que o ministro Marco Aurélio o rejeitasse sem nem entrar em seu mérito, pois era necessária também a assinatura do AGU.

Agora confira cada um dos novos ocupantes das funções alvo de alteração de acordo com postagem do próprio presidente Jair Bolsonaro em suas redes sociais: 


A maioria dos novos ocupantes vem de postos já conhecidos por Bolsonaro e publicamente, tendo como novidades a deputada federal Flávia Arruda (PL-DF) e o diplomata Alberto França. Este último, pelo que se sabe até o momento, é um nome de confiança da família do presidente e tem perfil mais discreto; a parlamentar, no entanto, possui uma posição ideológica consideravelmente divergente à do presidente, tendo comemorado a eleição da vice-presidente americana, Kamala Harris (Partido Democrata), uma notória militante socialista.



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