Chance perdida


Na economia não existe a possibilidade de escapar das consequências de decisões erradas, e hoje o Brasil paga por não ter se organizado devidamente para quando chegasse o fim da época do “crescimento fácil”. Crescimento que foi marcado por uma conjuntura favorável, combinado com um elevado número de pessoas que estavam prontas para serem empregadas. Nesse período o país teve tudo para melhorar em diversas áreas, mas não o fez.

O país poderia ter se debruçado sobre uma forma de crescimento sustentável, dando ênfase no investimento e na melhoria da produtividade, mas diferente disso, fez políticas de expansão do consumo, elevando a relação entre o este e o PIB e, por consequência, reduzindo a poupança doméstica. Quando esta é baixa, a tendência é: 1) o país recorrer à poupança externa, endividando-se no exterior e aceitando elevação do investimento estrangeiro; 2) o investimento ser baixo, comprometendo o crescimento do país.

O tempo já avançou, e nesse momento seria cômico, ou, não menos que ridículo, jogar a culpa no governo anterior. Por não poder utilizar esse artifício político, o atual governo falhou mais uma vez ao tentar criar um cenário onde não existem problemas e tudo vai bem.


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