Brasil: pesquisa científica feita na UFPB aponta correlação entre patologia do narcisismo e valores de pessoas simpáticas à esquerda


Uma pesquisa científica realizada em julho deste ano na graduação em Psicologia da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) como forma de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) pelo estudante concluinte Herenilson Ferreira de Lima e orientada pelo reitor e professor da UFPB Valdiney Gouveia, intitulada "POLARIZAÇÃO POLÍTICA AFETIVA: SÃO OS VALORES HUMANOS E OS TRAÇOS DE PERSONALIDADE UMA EXPLICAÇÃO?", se propôs a estudar eventuais correlações entre traços sombrios da personalidade (maquiavelismo, narcisismo e psicopatia), valores humanos e posicionamento ideológico (direita e esquerda).

"O presente estudo teve como objetivo conhecer em que medida a polarização política afetiva se correlaciona com os valores humanos e os traços sombrios da personalidade. Participaram do estudo 209 pessoas com idade média de 28,6 anos, a maioria do sexo feminino (53,1%), que responderam versões online de três medidas: Escala de Polarização Política Afetiva, Questionário dos Valores Básicos e Dark Triad Dirty Dozen. Os resultados mostraram que a maior polarização afetiva à direita se correlacionou positivamente com valores normativos, enquanto a maior polarização afetiva à esquerda o fez com os valores de experimentação. Embora os traços sombrios não tenham se correlacionado com polarização afetiva política, o fizeram com os valores; o narcisismo se correlacionou positivamente com os valores de experimentação e realização, enquanto que a psicopatia e o maquiavelismo o fizeram negativamente com os valores normativos. Estes achados foram discutidos à luz de estudos prévios, que indicam o posicionamento à direita como mais focados em princípios conservadores, enquanto o da esquerda endossa maior abertura a novas experiências.", diz o resumo.

Em linhas gerais, constatou-se que pessoas que se consideram de direita tendem a ter valores que refletem maior zelo pela ordem social e pela conservação de instituições-chave, que por sua vez repelem traços sombrios como psicopatia e maquiavelismo. Já as pessoas de esquerda, que são mais abertas a mudanças radicais e ao desconhecido, têm seus valores mais correlacionados com o narcisismo, que o estudo classifica como "patologia no qual estão presentes um pensamento constante de auto grandiosidade, estilo de vida parasitário, necessidade constante de ser admirado pelas pessoas, falta de empatia e a crença de que possui mais direitos que os outros".

"Por fim, em relação às hipóteses do estudo, os achados permitem confirmá-las, indicando que é coerente admitir que a direita pode ser melhor percebida como adotando valores que acentuam a manutenção do status quo e os padrões tradicionais e morais secular, enquanto que a esquerda prima por valores que evidenciam maior abertura à mudança, ao diferente (Gouveia, 2003, 2013). Isso parece sugerir que a polarização política no Brasil, embora possa ter indícios de fundamentação ideológica, é, sobretudo, afetiva, mas também axiológica.", conclui o trabalho.


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