O governo argentino liderado por Milei enfrenta desafios significativos em meio a uma inflação em ascensão. Os índices inflacionários projetados para dezembro apontam para uma taxa anualizada entre 20% e 30%, representando uma deterioração antes mesmo de qualquer sinal de melhora. As medidas adotadas pelo governo incluem a desvalorização da moeda argentina em relação ao dólar para estimular exportações e o turismo, bem como o fim de congelamentos de preços. Milei busca implementar um choque liberal, afastando-se do gradualismo adotado por seu antecessor, Macri, apostando em uma abordagem mais rápida e agressiva.
Em sua tentativa de controlar a inflação, Milei adota uma estratégia liberal, desvalorizando a moeda, buscando maior entrada de dólares e eliminando congelamentos de preços. A medida visa estimular a produção e conter a escassez no médio prazo. Apesar da resistência inicial e do período desafiador de ajustes para a população, espera-se que a abordagem liberal traga benefícios a longo prazo, semelhante a experiências anteriores, como o Plano Real no Brasil.
A população argentina enfrentará um período de ajustes durante a transição para as novas políticas econômicas. Embora o aumento da taxa de juros seja uma ferramenta tradicional para conter a inflação, Milei surpreende ao baixar a taxa, apostando em outras medidas. A esperança é que, apesar do ônus inicial, o controle inflacionário resultante dessas reformas seja mais benéfico a longo prazo para a economia argentina, semelhante ao que ocorreu durante o Plano Real no Brasil.
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