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A proposta de estabelecer uma autoridade climática para coordenar as políticas de combate à crise ambiental provocou divergências no governo Lula. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, argumenta que essa nova entidade deve estar vinculada à sua pasta, ressaltando a necessidade de autonomia para enfrentar mudanças políticas. Em entrevista ao Valor Econômico, ela destacou que a autoridade climática deve ter um papel independente diante das variações políticas e da troca de governos.


Por outro lado, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, um dos principais assessores de Lula, discorda da visão de Marina. Em uma conversa com o Globo, ele mencionou que uma autoridade subordinada a um ministro se tornaria apenas um departamento, questionando a eficácia desse modelo. Essa oposição evidencia a falta de consenso sobre a estrutura da nova entidade.


Um aspecto crucial da discussão é a escolha do líder da nova autoridade. Durante uma reunião com Lula, o presidente da Câmara, Artur Lira, sugeriu que a indicação deve ser discutida com o legislativo para evitar resistências que possam dificultar a implementação de políticas ambientais. Há receios de que a nomeação de um político com uma visão ideológica possa impactar negativamente a eficácia das iniciativas da nova pasta.

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