A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) reagiu com veemência nas redes sociais após o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), mencioná-la durante uma sessão da Corte. Zambelli, que é alvo de investigação no âmbito de um inquérito conduzido pelo STF, criticou Barroso por comentar seu caso sem que o processo estivesse formalmente em julgamento. Em uma carta aberta online, a deputada questionou a postura do ministro, acusando-o de emitir um juízo de valor sem antes examinar adequadamente o conteúdo do processo, que ainda não havia sido analisado judicialmente. Sua principal crítica foi direcionada a uma fala de Barroso em que ele a incluiu em uma lista de pessoas que, segundo o ministro, teriam feito declarações desrespeitosas a membros do Judiciário.
Durante seu desabafo, Zambelli trouxe à tona um incidente ocorrido em 2002, no qual ela foi envolvida em um episódio relacionado a uma arma. Esse caso, que está sendo investigado pelo STF, foi citado por Barroso em sua manifestação. A deputada argumentou que a menção ao processo foi imprópria, pois o ministro discutiu um caso que ainda está sendo analisado, o que ela considera um erro grave. “O senhor comentou fora dos autos sobre o caso de 2022”, afirmou Zambelli, destacando que, para ela, é inadequado que um membro do STF se manifeste publicamente sobre um processo que ainda não foi formalmente julgado. Ela ainda mencionou que, no passado, ministros da Corte eram mais cautelosos e reservados ao se pronunciar sobre questões em andamento, respeitando o princípio da imparcialidade.
Zambelli concluiu sua manifestação com um forte alerta a Barroso, afirmando que ele havia cometido um erro ao emitir um julgamento preliminar sobre seu caso antes de qualquer decisão formal. "O senhor ainda está falando sobre mim. Está emitindo um juízo de valor fora dos autos? Fora da sentença, fora de qualquer coisa que tenha sido relacionado com esse episódio?", questionou, deixando claro seu desconforto com o comportamento do ministro. A deputada, que se vê como alvo de perseguição política, acusou o STF, em especial Barroso, de adotar uma postura de julgamento antecipado e parcial, prejudicando a imparcialidade do processo judicial. O episódio gerou discussões sobre os limites da atuação do Judiciário e sobre a crescente intervenção do STF na política, levantando questões sobre a liberdade de expressão e os direitos dos acusados, além de evidenciar a tensão entre os poderes no Brasil.
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