VÍDEO: DEPUTADA DA ARGENTINA SE PRONUNCIA APÓS PRISÃO DE EXILADOS BRASILEIROS NO PAÍS PELO 8 DE JANEIRO

A prisão recente de exilados políticos brasileiros na Argentina gerou ampla indignação e protestos, não só no Brasil, mas também em outros países. Em um vídeo divulgado pela Associação dos Familiares e Vítimas do 8 de Janeiro (ASFAV), a jovem Agnes Gusmão fez um forte desabafo sobre a detenção de seu pai, um dos exilados que buscava refúgio na Argentina. A situação ganhou destaque internacional após um juiz argentino ter ordenado a prisão dos exilados a pedido do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Agnes, filha de um dos detidos, revelou como essas prisões estão afetando profundamente sua família e apontou o sofrimento de outros exilados e encarcerados, cujas vidas estão sendo brutalmente interrompidas por uma perseguição política implacável.

Agnes explicou que, em 2023, teve que interromper seus estudos para cuidar de seus dois irmãos pequenos após a prisão de seus pais, que estavam em Brasília durante os eventos de 8 de janeiro. Apesar de ser mãe de filhos pequenos, a mãe de Agnes foi mantida em prisão por meses, enquanto seu pai permaneceu detido por um período ainda maior. Depois de se exilar na Argentina, a jovem nunca imaginou que seu pai seria preso novamente, agora em solo argentino. Ela refutou as versões distorcidas sobre a prisão de seu pai, explicando que ele foi detido ilegalmente na Imigração, sem nenhuma justificativa plausível para sua detenção. Agnes reafirmou que não havia motivos legais para a prisão, e insistiu que seu pai foi alvo de uma injustiça flagrante.

Com seu desabafo, Agnes não apenas relatou o sofrimento de sua família, mas também fez um alerta sobre as graves violações de direitos humanos no Brasil. Ela criticou a indiferença de muitos, que ignoram o sofrimento das famílias de presos políticos, enquanto vivem suas vidas "normalmente", como se a repressão política no Brasil fosse algo aceitável ou natural. “Tem família sofrendo, tem famílias que estão ainda presas no Brasil e que as pessoas estão vivendo normalmente, como se tudo isso que está acontecendo fosse normal”, disse Agnes, visivelmente abalada. Ela se posicionou contra o que considera uma grave injustiça e expressou sua indignação com o crescente cerceamento das liberdades políticas, que afeta não só os opositores no Brasil, mas também os que buscam refúgio fora do país. Seu apelo tocou uma ferida profunda sobre a polarização e as tensões políticas no Brasil, e a ameaça crescente de repressão contra aqueles que se opõem ao governo.

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