A segunda fase da Operação Torniquete, deflagrada no Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio de Janeiro, resultou em intensos confrontos entre as forças de segurança e criminosos. Imagens divulgadas pela Polícia Militar do estado mostraram ruas e veículos queimados, como parte das táticas utilizadas pelos bandidos para dificultar a atuação policial. Durante a operação, três suspeitos foram mortos e um policial do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) ficou ferido.
Confira detalhes no vídeo:
O confronto ocorreu quando os policiais ingressaram na comunidade para cumprir 14 mandados de prisão contra membros da facção criminosa Comando Vermelho (CV). Os criminosos, na tentativa de impedir o avanço das forças de segurança, montaram barricadas nas ruas e espalharam óleo para fazer com que os blindados perdessem o controle e não conseguissem avançar. Apesar da resistência, a operação contou com o apoio do Bope, da Polícia Militar e da Secretaria de Estado de Segurança do Rio de Janeiro.
Além dos três mortos e do policial baleado, a ação resultou na apreensão de um arsenal significativo. Entre os materiais confiscados estavam fuzis, uma submetralhadora, pistolas, drogas, 12 carregadores de fuzis, munições e sete granadas. O resultado foi um golpe significativo no poder de fogo da facção criminosa, que, segundo as investigações, atua de maneira estruturada em várias comunidades cariocas.
A Operação Torniquete, que já é conhecida por seu rigor no combate ao crime organizado, é coordenada pelo Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) e pela Secretaria de Polícia Civil do estado. O objetivo principal da operação é desarticular atividades criminosas, especialmente aquelas que envolvem esquemas financeiros, como a "Caixinha do CV", que gerencia os recursos obtidos com o tráfico de drogas e outras atividades ilegais.
A "Caixinha do CV" é um esquema complexo que envolve mais de 4.800 operações financeiras, movimentando uma quantia superior a R$ 21 milhões. As investigações apontam que esse esquema tem como objetivo lavar dinheiro oriundo de atividades criminosas, como o tráfico de entorpecentes e a corrupção de agentes públicos. O MPRJ denunciou 14 integrantes do Comando Vermelho por crimes de organização criminosa e lavagem de dinheiro, ressaltando a importância de combater a estrutura financeira das facções criminosas para desmantelar suas operações.
A operação não só busca a prisão de líderes da facção, mas também visa enfraquecer a base financeira do crime organizado, uma vez que o controle sobre as finanças é um dos pilares que sustentam as facções no Rio de Janeiro. O impacto dessa fase da Operação Torniquete é significativo, dado o arsenal apreendido e as prisões realizadas.
Com mais uma etapa da operação concluída, as autoridades do Rio de Janeiro seguem focadas em eliminar as organizações criminosas que dominam algumas das áreas mais conflagradas da cidade. No entanto, o alto custo das ações, com mortos e feridos, bem como a resistência crescente dos criminosos, indicam que o caminho para combater o crime organizado na cidade continua sendo desafiador e repleto de riscos.
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