O senador dos Estados Unidos, Rick Scott, enviou uma interpelação ao presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, cobrando uma postura oficial sobre as recentes ameaças feitas pelo ditador venezuelano Nicolás Maduro, que sugeriu que as tropas brasileiras poderiam ser usadas para invadir Porto Rico. A declaração de Maduro, feita durante a posse de Lula em janeiro de 2025, gerou uma forte reação internacional, com líderes americanos exigindo uma resposta firme do governo brasileiro.
Confira detalhes no vídeo:
Na carta enviada a Lula, o senador Scott qualificou Maduro como um "ditador assassino" e acusou o líder venezuelano de perturbar a paz regional enquanto oprime seu próprio povo. O senador ressaltou que a ameaça de uma possível invasão do território dos Estados Unidos é uma incitação perigosa e que não pode ser ignorada, exigindo uma manifestação clara do governo brasileiro sobre as palavras de Maduro. Ele questionou como o Brasil pretende responder a essas ameaças, sugerindo que o governo brasileiro se posicione formalmente, seja por meio da Organização dos Estados Americanos (OEA) ou nas Nações Unidas.
Rick Scott, que representa o estado da Flórida no Senado, enfatizou a gravidade das declarações de Maduro, afirmando que elas não podem ser tratadas como meras provocações políticas. O senador fez um apelo ao governo brasileiro para que explicasse suas intenções em relação à crescente influência de Maduro e sua proximidade com países como China, Rússia e Irã, os quais são considerados inimigos dos Estados Unidos e de seus aliados. Scott alertou que a postura de Maduro poderia comprometer a estabilidade e a paz na América Latina e além.
Além disso, o senador também sugeriu que o governo brasileiro deveria esclarecer a relação com o regime de Maduro, dado que as palavras do ditador indicam que ele acredita que o Brasil estaria disposto a se envolver em agressões militares. O pedido de Scott foi claro: uma condenação formal das ameaças de Maduro e uma reafirmação do compromisso do Brasil com a paz e a soberania das nações.
A deputada americana María Elvira Salazar, que representa a Flórida na Câmara dos Representantes, também reforçou a posição do senador Rick Scott, apoiando a exigência de uma resposta do governo brasileiro. Salazar se uniu ao apelo de Scott, afirmando que o Brasil deve se distanciar das ameaças de Maduro e garantir que o país não será usado como instrumento de uma política agressiva. A deputada reiterou que os cidadãos de Porto Rico são os únicos responsáveis por determinar o futuro da ilha, e não um “narcoditador de terceira categoria” como Maduro.
A pressão sobre o governo de Lula vem crescendo, já que os Estados Unidos têm sido um aliado importante para o Brasil, principalmente em questões de segurança e comércio. As palavras de Maduro, que convocaram as Forças Armadas brasileiras a invadir território americano, colocaram o Brasil em uma posição delicada, forçando uma reflexão sobre a postura do governo diante das tensões geopolíticas na região.
Com a crescente preocupação sobre a influência de Maduro e a proximidade com potências hostis, a comunidade internacional aguarda uma resposta clara do governo brasileiro. A reação de Lula a essas ameaças será crucial para a preservação da paz e da estabilidade na América Latina e na relação bilateral com os Estados Unidos.
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