O Supremo Tribunal Federal (STF) tem enfrentado crescente crítica da opinião pública, com muitos questionando sua atuação em diversas questões políticas e sociais. Um editorial publicado pelo jornal O Estado de São Paulo nesta quinta-feira (4) discute como a credibilidade da corte tem sido seriamente abalada, apontando que, apesar das alegações de estar "salvando a democracia" e "civilizando o país", a percepção popular é, na realidade, oposta a essa visão.
O editorial se baseia nos dados de uma pesquisa realizada pelo Poder Data em dezembro de 2024. De acordo com a pesquisa, o número de brasileiros que consideram o desempenho do STF como "ótimo" ou "bom" caiu drasticamente, passando de 31% em dezembro de 2023 para apenas 12% no final de 2024. Em contrapartida, a parcela da população que classifica o desempenho da corte como "ruim" ou "péssimo" subiu de 31% para 43%.
Esse declínio na aprovação popular do STF vem acompanhado de críticas severas. Muitos acusam o tribunal de atuar com uma postura de corporativismo, ativismo judicial e até partidarismo. Para esses críticos, a corte tem adotado uma interpretação da Constituição que não estaria alinhada com os interesses da maioria da população, sendo vista como politizada e distante das necessidades do país. Além disso, em vez de fortalecer a democracia, esses críticos afirmam que o STF tem contribuído para a polarização política e o enfraquecimento das instituições.
Outra questão levantada é o comportamento de alguns ministros, que têm se envolvido de maneira mais ativa em debates políticos, o que é interpretado por muitos como uma atitude que compromete a imparcialidade do tribunal. Isso tem gerado um aumento da desconfiança, principalmente quando a corte toma decisões controversas em temas com grande repercussão política.
Por outro lado, o STF tem se defendido das acusações, argumentando que suas decisões são sempre em conformidade com a Constituição e visam proteger os princípios do Estado de Direito, independentemente de seu impacto imediato na política ou na opinião pública. O tribunal afirma que seu papel é o de salvaguardar a ordem democrática, mesmo que isso signifique tomar decisões impopulares. Contudo, essa explicação parece não ter sido suficiente para aplacar o crescente descontentamento popular, como mostram os resultados da pesquisa.
Essa queda na popularidade da corte é preocupante para a imagem do Supremo e pode afetar sua autoridade como instituição. Quando a população perde confiança no STF, isso compromete sua capacidade de agir como um árbitro imparcial entre os poderes e de garantir o cumprimento das normas constitucionais.
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