A posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos gerou um grande debate sobre as mudanças que ocorrerão na geopolítica global. Em uma entrevista exclusiva ao Jornal Jovem Pan, a professora de direito internacional, Priscila Caneparo, compartilhou suas previsões sobre o impacto das políticas do novo governo americano e as transformações no cenário mundial. Acompanhada dos jornalistas Maria de Carli e Nelson Kobayashi, a especialista traçou um panorama das possíveis ações de Trump no campo das relações internacionais.
Trump, desde sua campanha presidencial, tem manifestado a intenção de adotar medidas mais rigorosas para proteger os interesses dos Estados Unidos, com foco no fortalecimento econômico e militar do país. Caneparo apontou que o novo presidente deve adotar uma postura mais dura em relação às potências rivais, como China e Rússia. A expectativa é de que o governo americano adote políticas protecionistas para reverter desequilíbrios comerciais e estimular a produção interna, algo que será essencial para a sua agenda de "América em primeiro lugar".
Além disso, a especialista sugeriu que a política externa dos Estados Unidos passará a privilegiar acordos bilaterais, em detrimento de tratados multilaterais, que Trump tem criticado duramente. A postura isolacionista do republicano poderá resultar na revisão de pactos importantes, como o Acordo de Paris sobre mudanças climáticas e o acordo nuclear com o Irã, afetando as dinâmicas de poder global.
Na América Latina, a professora destacou que o governo Trump provavelmente adotará uma postura mais firme contra regimes autoritários, como o de Nicolás Maduro na Venezuela, buscando fortalecer os laços com governos mais alinhados ideologicamente aos Estados Unidos. A política de combate ao narcotráfico e o controle da imigração ilegal também devem ser prioridades da nova administração, impactando diretamente os países da América Central e do Sul, com possíveis consequências nas relações diplomáticas com essas nações.
Caneparo também comentou sobre a relação entre os Estados Unidos e a União Europeia, que deve passar por um período de ajustes. Apesar de Trump ter demonstrado interesse em estabelecer uma relação mais pragmática com o bloco europeu, questões como a defesa da OTAN e a política comercial podem gerar tensões. A especialista previu que a abordagem confrontadora de Trump poderá levar a uma reconfiguração das parcerias econômicas e políticas com a Europa, afetando a colaboração entre os dois lados do Atlântico.
Outro ponto importante abordado pela professora foi o impacto da política interna dos Estados Unidos nas mudanças geopolíticas. Ela destacou que, embora Trump tenha uma base sólida de apoio popular, ele enfrentará resistência no Congresso, especialmente de setores que discordam de sua postura agressiva e isolacionista. Isso pode afetar a capacidade do presidente de implementar sua agenda no cenário internacional.
A entrevista foi enriquecida pela análise de Maria de Carli e Nelson Kobayashi, que ajudaram a aprofundar a discussão sobre as possíveis consequências das ações de Trump para o equilíbrio de poder global. O cenário projetado por Priscila Caneparo sugere que o governo de Trump poderá desencadear um período de grandes transformações na política internacional, com os Estados Unidos se posicionando de forma mais assertiva e nacionalista, enquanto o resto do mundo se adapta a essa nova dinâmica de poder.
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