Em um momento de discussões intensas sobre a regulamentação das plataformas digitais no Brasil, seis grandes redes sociais optaram por não comparecer à audiência pública organizada pela Advocacia-Geral da União (AGU). O evento, que buscava debater a nova política de moderação de conteúdo implementada pela Meta, teve como objetivo reunir contribuições para a elaboração de um documento técnico a ser encaminhado ao Poder Judiciário.
A ausência das empresas gerou questionamentos sobre o comprometimento das plataformas em dialogar com as autoridades brasileiras. A audiência foi aberta a especialistas, representantes de entidades civis e membros do governo, com o intuito de discutir os impactos das mudanças na moderação de conteúdo sobre temas como liberdade de expressão, combate à desinformação e preservação de direitos fundamentais.
A Meta, que controla plataformas como Facebook, Instagram e WhatsApp, introduziu novas regras de moderação que têm gerado debates acalorados. Embora alguns setores vejam as mudanças como um avanço no combate ao discurso de ódio e à propagação de informações falsas, há preocupações sobre a possibilidade de excessos que possam comprometer a liberdade de expressão.
A ausência das redes sociais na audiência foi interpretada de formas distintas. Para alguns, trata-se de uma estratégia para evitar discussões que possam culminar em regulamentações mais rígidas para o setor. Outros acreditam que as plataformas preferem adotar uma postura cautelosa diante da complexidade das questões envolvidas, especialmente em um cenário onde a definição de regras claras ainda está em andamento.
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