VÍDEO: RS AINDA LIDA COM EFEITOS DA MAIOR ENCHENTE DE SUA HISTÓRIA



Entre abril e maio de 2024, o Rio Grande do Sul enfrentou a maior enchente já registrada em sua história, marcando o estado com destruição em larga escala e perdas humanas. Com 183 mortes confirmadas e 27 pessoas ainda desaparecidas, o desastre afetou mais de 800 mil pessoas diretamente, trazendo consequências severas para a infraestrutura, a economia e a vida cotidiana da população.

Das 497 cidades gaúchas, 484 foram atingidas pelas enchentes, que invadiram casas, estabelecimentos comerciais, estradas, equipamentos públicos e até áreas culturais e esportivas. Em Porto Alegre, o nível do Guaíba alcançou impressionantes 5,25 metros no dia 14 de maio, o maior já registrado. O avanço das águas revelou vulnerabilidades no Muro da Mauá, projetado para conter enchentes no Centro Histórico da capital. As comportas do muro apresentaram falhas de vedação, permitindo a entrada de água, e forçaram o uso de sacos de areia como medida emergencial para conter os danos.

As estradas estaduais e federais sofreram impactos significativos, com mais de 13 mil quilômetros de rodovias danificados. A força das águas destruiu 14 pontes, deixando diversas regiões isoladas. Até o momento, nenhuma das pontes foi reconstruída, dificultando a retomada do tráfego e o transporte de mercadorias e suprimentos.

O transporte público também foi gravemente afetado. As estações do Trensurb, que conectam Porto Alegre à Região Metropolitana, ficaram submersas, deixando o serviço inativo por quatro meses. Milhares de passageiros dependentes do sistema enfrentaram dificuldades no deslocamento durante o período. Além disso, a Estação Rodoviária de Porto Alegre foi obrigada a interromper suas atividades por 30 dias, suspendendo viagens interestaduais e regionais e agravando a situação de isolamento para muitas comunidades.

No setor aéreo, o Aeroporto Internacional Salgado Filho foi inundado e permaneceu fechado por mais de 20 dias. Durante esse período, voos foram redirecionados para a Base Aérea de Canoas, causando atrasos e complicações logísticas. O fechamento do aeroporto prejudicou não apenas o fluxo de passageiros, mas também o transporte de mercadorias essenciais, impactando diretamente o comércio regional e nacional.

Espaços culturais e esportivos também sentiram os efeitos das enchentes. O Mercado Público de Porto Alegre, importante símbolo da cultura e da gastronomia local, teve que suspender suas operações por mais de 40 dias devido aos danos estruturais. Outros pontos culturais e esportivos em diversas cidades do estado também sofreram prejuízos, interrompendo eventos e atividades que são parte importante da identidade regional.

Os danos causados pela enchente de 2024 ressaltaram fragilidades na infraestrutura do estado, assim como na preparação e resposta a desastres climáticos. A reconstrução das áreas atingidas tem se mostrado um processo complexo e lento, com impactos de longo prazo para a economia e a qualidade de vida dos gaúchos.

Esse evento sem precedentes reforça a necessidade de investimentos em obras de prevenção, infraestrutura resiliente e estratégias eficazes de mitigação para desastres naturais, em um cenário onde os eventos extremos ligados às mudanças climáticas se tornam cada vez mais frequentes.

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