Em janeiro, o Senado Federal registrou seis novos pedidos de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Embora essas petições tenham sido apresentadas ainda em 2024, apenas no início de 2025 elas foram formalmente incluídas no sistema parlamentar. Das seis petições, cinco foram protocoladas por cidadãos e uma foi apresentada pelo deputado federal Bibo Nunes, do PL do Rio Grande do Sul.
As acusações contra Moraes incluem uma suposta conduta inadequada do ministro em um episódio ocorrido no aeroporto de Roma, onde ele afirmou ter sido agredido. Além disso, outro pedido de impeachment questiona possíveis violações à liberdade de expressão e faz referência a um relatório de uma comissão do Congresso dos Estados Unidos. O documento acusa Moraes de pressionar a rede social X a realizar censura contra seus usuários.
Embora essas petições tenham sido registradas, ainda não há expectativa de que elas avancem no Senado. O atual presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, não demonstrou interesse em dar continuidade aos pedidos nos últimos anos. Contudo, a eleição de um novo presidente para o Senado pode mudar esse cenário, embora a possibilidade de o impeachment ser debatido seja incerta, especialmente considerando a atual divisão no Senado e o enfraquecimento do governo.
O governo de Luiz Inácio Lula da Silva enfrenta uma crise política e uma economia fragilizada, o que contribui para o desgaste da sua popularidade e de sua liderança. A relação com o STF também tem se tornado tensa, especialmente devido a ações do Supremo que são vistas por alguns como excessivas, colocando o Judiciário em uma posição de superioridade em relação aos outros poderes.
Os pedidos de impeachment contra Moraes fazem parte desse cenário político de crescente insatisfação com a atuação do STF. Embora não tenham avançado até agora, esses pedidos refletem a pressão crescente de setores do Congresso e da sociedade que questionam o comportamento do ministro. Em paralelo, o Senado se prepara para uma possível mudança de comando, o que pode influenciar a maneira como esses pedidos serão tratados.
Neste momento de instabilidade política, o futuro dos pedidos de impeachment e a posição do Senado diante das críticas ao STF ainda são incertos. O governo enfrenta desafios significativos e a polarização política no país continua a aumentar. A forma como as instituições irão lidar com essas questões, especialmente com a pressão por uma maior independência entre os poderes, será crucial para os próximos capítulos da política brasileira.
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