BRASIL: EX-DIRETOR DA ABIN DESMONTA DENÚNCIA DA PGR CONTRA BOLSONARO E FAZ ALERTA


O deputado Delegado Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e policial federal, fez uma análise sobre a denúncia apresentada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados. Para o parlamentar, a denúncia tem um viés político e visa não apenas tornar Bolsonaro inelegível, mas também levá-lo à prisão, juntamente com outros membros de seu círculo próximo.

Confira detalhes no vídeo:

Segundo Ramagem, a peça acusatória apresentada pela PGR não respeita os princípios do processo penal, sendo considerada genérica e sem materialidade. Ele argumenta que o documento se baseia em especulações e narrativas, sem apresentar provas concretas que sustentem as acusações. Além disso, destaca que a denúncia omite informações que poderiam absolver os investigados, selecionando apenas os elementos que reforçam a acusação.

O deputado apontou que a principal base da denúncia é a delação premiada do coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. No entanto, Ramagem alega que essa delação foi obtida de maneira ilegal, com o delator supostamente coagido a fornecer informações que corroborassem a tese da PGR. Para ele, o Supremo Tribunal Federal (STF) deveria reconhecer a irregularidade desse procedimento e desconsiderar a delação como prova válida.

Outro ponto levantado pelo parlamentar é a tentativa de criminalização do debate público e da atividade parlamentar. Ele acredita que a PGR busca estabelecer um vínculo entre Bolsonaro e uma suposta tentativa de golpe de Estado, ainda que não haja provas concretas que sustentem essa alegação. Ramagem argumenta que a Procuradoria Geral da República ignora o contexto legal vigente à época dos fatos para construir uma narrativa que justifique a acusação.

O deputado também criticou a forma como a denúncia tenta associar Bolsonaro aos atos de 8 de janeiro de 2023, quando manifestantes invadiram as sedes dos Três Poderes em Brasília. Para ele, não há indícios de que o ex-presidente tenha incentivado, coordenado ou financiado os protestos. Ele considera que a acusação está mais próxima de uma manobra política do que de um esforço legítimo para se alcançar a justiça.

Ramagem expressou preocupação com o que considera uma instrumentalização do sistema judiciário para fins políticos. Ele afirma que a condenação de Bolsonaro já estava definida antes mesmo do início do processo, e que a PGR apenas buscou um pretexto para formalizar a acusação. O deputado vê esse cenário como um reflexo de um ambiente de perseguição política, no qual opositores do governo atual são alvos de investigações seletivas e medidas arbitrárias.

A denúncia contra Bolsonaro e seu entorno segue em tramitação, enquanto o STF analisa os argumentos apresentados pelas partes envolvidas. O caso tem gerado intensos debates no meio político e jurídico, reforçando a polarização existente no Brasil. Para os críticos da acusação, o processo representa um risco à imparcialidade do Judiciário e à preservação das garantias fundamentais dos cidadãos.

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