Nos dois primeiros anos de mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, os gastos do governo federal com viagens dispararam, alcançando o valor mais alto desde 2014. As despesas com diárias e passagens ultrapassaram a marca de R$ 3,5 bilhões em 2024, refletindo um aumento real de quase 3% em relação ao ano anterior. Quando comparado ao último ano de governo de Jair Bolsonaro, o salto é ainda mais expressivo, atingindo 33%. Esse montante representa o maior gasto com viagens desde 2014, durante o governo de Dilma Rousseff, quando as despesas chegaram a mais de R$ 4 bilhões.
Confira detalhes no vídeo:
De acordo com dados do Tesouro Nacional, a crescente disparada nos gastos com viagens, tanto no Brasil quanto no exterior, tem gerado um debate sobre a transparência e a necessidade de contenção desses custos, especialmente em um momento de desafios econômicos enfrentados pelo país. O aumento nas despesas ocorre enquanto o governo tem buscado aumentar o volume de viagens internacionais, com destaque para a agenda da primeira-dama Janja e os deslocamentos frequentes do presidente Lula e seus ministros.
As críticas sobre o uso de recursos públicos para bancar tais viagens têm ganhado força. Para muitos, a percepção é de que, em um país com sérios problemas de desigualdade e investimentos insuficientes em áreas essenciais como saúde, educação e infraestrutura, o aumento de gastos com deslocamentos internacionais é um reflexo de prioridades equivocadas. Embora o governo justifique tais viagens como necessárias para a promoção de políticas internacionais e participação em eventos globais, os gastos associados a elas, especialmente em tempos de crise, têm gerado desconfiança e indignação em parte da população.
Além disso, o aumento das viagens internacionais de ministros e membros do Supremo Tribunal Federal (STF) tem gerado críticas sobre o uso da Força Aérea Brasileira (FAB) para transporte, o que resulta em um encargo ainda maior para os cofres públicos. Os ministros não utilizam voos comerciais, o que eleva significativamente os custos relacionados a essas viagens. A utilização da FAB, que antes era vista como um privilégio exclusivo do presidente da República, agora é estendida a uma gama maior de autoridades, aumentando os custos com deslocamentos e hospedagem.
Embora o Congresso Nacional, especialmente o Senado, tenha feito questionamentos sobre os gastos com viagens, a falta de transparência total continua sendo um obstáculo. Embora algumas informações possam ser obtidas por meio da Lei de Acesso à Informação, outras despesas permanecem sigilosas, dificultando a fiscalização completa dos gastos. O fato de o governo não divulgar informações detalhadas sobre os custos de viagens, como por exemplo, os valores de passagens aéreas ou os gastos com hospedagem e alimentação, contribui para o ambiente de desconfiança.
A situação gerou um sentimento de desconexão entre os altos gastos com viagens e as necessidades do povo brasileiro. Em um contexto de desigualdade crescente e desafios socioeconômicos, muitos questionam se esse tipo de investimento realmente contribui para a melhoria das condições de vida da população ou se é um reflexo de uma classe política cada vez mais distante da realidade do cidadão comum.
VEJA TAMBÉM:
Garanta acesso ao nosso conteúdo clicando aqui, para entrar no grupo do WhatsApp onde você receberá todas as nossas matérias, notícias e artigos em primeira mão (apenas ADMs enviam mensagens).
Clique aqui para ter acesso ao livro escrito por juristas, economistas, jornalistas e profissionais da saúde conservadores que denuncia absurdos vividos no Brasil e no mundo, como tiranias, campanhas anticientíficas, atos de corrupção, ilegalidades por notáveis autoridades, fraudes e muito mais.
Enquanto isso o aposentado que ganha salário mínimo terá 7,3% de reposição, mas que ganha mais que um salário, terá 3,7%. E o pai dos pobres segue gastando 3,5 bilhões por ano só com viagens.
ResponderExcluir