Durante uma sessão do plenário, o senador Márcio Bittar criticou duramente a denúncia apresentada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais de 30 outras pessoas, incluindo vários generais. Bittar destacou o que considerou um "absurdo" na forma como a denúncia foi elaborada, ironizando o fato de que, enquanto os advogados de defesa não têm acesso completo aos autos, a mídia, por outro lado, tem acesso a informações privilegiadas, que são divulgadas antes mesmo de a defesa ser informada.
Confira detalhes no vídeo:
O senador aproveitou para reforçar sua crítica à narrativa que vem sendo sustentada pelo procurador-geral e alguns ministros sobre o suposto golpe de Estado ocorrido no dia 8 de janeiro. Para Bittar, a alegação de que manifestantes desarmados, incluindo um ex-presidente fora do cargo, estariam organizados para dar um golpe, é a maior "fake news" que já foi propagada. Ele questionou a lógica por trás dessa versão dos fatos, destacando o absurdo da situação. Bittar também alertou para o risco de que a tentativa de manter essa narrativa de golpe poderia agravar ainda mais as tensões políticas no país.
O senador fez um apelo para que o Brasil busque a pacificação por meio da anistia, lembrando que a amnistia já foi concedida a muitos indivíduos de esquerda, responsáveis por atos de guerrilha e terrorismo no passado. Ele comparou a situação desses antigos combatentes, que foram perdoados por suas ações, com a de cidadãos mais simples, como um motorista de caminhão que foi condenado e está atualmente exilado, com sua família enfrentando dificuldades devido às consequências jurídicas de suas ações. Para Bittar, essa desigualdade no tratamento é um exemplo de hipocrisia e injustiça.
O senador afirmou ainda que a população não acredita na narrativa imposta pelos que detêm o poder e que a perseguição política não funcionará para eliminar a oposição de direita. Para ele, a justiça não pode ser seletiva e deve tratar todos de forma equânime, sem exceções baseadas em preferências ideológicas. Ele destacou o contraste entre a maneira como pessoas acusadas de corrupção ou formação de quadrilha, incluindo um ex-presidente, são tratadas, e o tratamento recebido por aqueles que são acusados de disseminar fake news.
O senador Sérgio Moro, também presente na sessão, reforçou a crítica ao sistema de justiça, apontando que o país vive uma série de injustiças, especialmente no que diz respeito às penas aplicadas a manifestantes envolvidos nos ataques de 8 de janeiro. Moro defendeu que as pessoas envolvidas nesses atos, que de acordo com ele, se excederam devido a uma "violenta emoção", receberam punições desproporcionais, com penas de até 17 anos para ações que, para ele, não justificariam tamanho rigor. Ele criticou a falta de individualização das penas, resultando em sentenças em massa, e destacou a discrepância entre o tratamento dado a manifestantes e o de criminosos envolvidos em esquemas de corrupção, como os que envolvem a Petrobras.
Ambos os senadores se posicionaram contra o que consideram uma justiça parcial, que não trata todos os cidadãos de maneira justa e equitativa. Para eles, a pacificação do país passa pela revisão das atuais decisões judiciais e pelo fim das perseguições políticas.
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