VÍDEO: CRIMINOSOS ACESSAVAM SISTEMA DO CNJ PARA SOLTAR PRESOS


A Polícia Federal deflagrou a Operação Data Change com o objetivo de desarticular um esquema criminoso responsável por invadir sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e modificar informações sobre a execução penal de detentos. A fraude permitiu que presos de alta periculosidade, incluindo integrantes de facções criminosas condenados a penas superiores a 60 anos, obtivessem progressão antecipada de regime e, posteriormente, fugissem após removerem as tornozeleiras eletrônicas.

As investigações indicam que advogados estavam envolvidos na manipulação dos dados, garantindo que os criminosos se beneficiassem das alterações ilegais sem chamar a atenção das autoridades. As mudanças irregulares nos registros permitiram que detentos deixassem a prisão antes do tempo previsto, burlando as normas do sistema penal.

O esquema veio à tona após auditorias internas apontarem inconsistências nos registros processuais. Ao analisar os dados, os investigadores perceberam que algumas decisões de progressão de regime não seguiam os trâmites legais e haviam sido inseridas diretamente no sistema sem autorização judicial. Essa descoberta levou as autoridades a aprofundarem a apuração, identificando os responsáveis pelas fraudes e os métodos utilizados para burlar a segurança digital do CNJ.

Para desmantelar a organização criminosa, a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão em escritórios de advocacia, residências de suspeitos e outros locais que poderiam ter relação com as fraudes. Além disso, mandados de prisão foram expedidos contra os principais envolvidos no esquema. A operação visa não apenas interromper a atuação do grupo, mas também fortalecer a segurança dos sistemas judiciais para evitar novos casos semelhantes.

Os investigadores ainda trabalham para determinar a real dimensão do prejuízo causado pelas manipulações e identificar quantos detentos foram soltos ilegalmente. Há suspeitas de que um número significativo de criminosos tenha sido beneficiado, o que representa um risco direto à segurança pública. Para conter os danos, medidas emergenciais estão sendo adotadas para corrigir as falhas nos registros e reforçar os mecanismos de controle das informações processuais.

A operação destaca a importância de aprimorar a segurança digital dos órgãos públicos e de impedir que organizações criminosas explorem vulnerabilidades no sistema de justiça para obter vantagens ilícitas. As autoridades ressaltam que este é um passo essencial para preservar a integridade das instituições e impedir que novos crimes sejam cometidos a partir de manipulações ilegais de dados.

A Polícia Federal continuará acompanhando possíveis novas tentativas de fraudes e reforçará as investigações para responsabilizar todos os envolvidos. O caso segue em sigilo para evitar interferências na apuração e garantir o avanço da operação sem prejuízos ao processo de identificação e punição dos responsáveis.


VEJA TAMBÉM:

Garanta acesso ao nosso conteúdo clicando aqui, para entrar no grupo do WhatsApp onde você receberá todas as nossas matérias, notícias e artigos em primeira mão (apenas ADMs enviam mensagens).

Clique aqui para ter acesso ao livro escrito por juristas, economistas, jornalistas e profissionais da saúde conservadores que denuncia absurdos vividos no Brasil e no mundo, como tiranias, campanhas anticientíficas, atos de corrupção, ilegalidades por notáveis autoridades, fraudes e muito mais.

Comentários