VÍDEO: IVES GANDRA REVELA “COINCIDÊNCIA INTERESSANTE” EM DENÚNCIA CONTROVERSA DA PGR CONTRA BOLSONARO


O jurista Ives Gandra Martins, que se encontra hospitalizado devido a uma septicemia, fez duras críticas à denúncia apresentada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 30 pessoas. Em um vídeo gravado enquanto estava no hospital, Gandra Martins observou que a denúncia surge em um momento econômico delicado, com aumento do dólar e inflação crescente, sugerindo que isso representa uma coincidência de narrativas políticas sempre que o país enfrenta uma crise econômica.

O jurista questionou fortemente a base da denúncia, que se apoia na delação premiada do coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. Ele destacou que, de acordo com uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), sob a relatoria do ministro Gilmar Mendes, a delação premiada não pode ser usada como fundamento para prisões. Para Gandra Martins, a acusação contra Bolsonaro e outros citados se fundamenta apenas nessa delação, o que, em sua visão, enfraquece o processo e levanta sérias dúvidas sobre a veracidade das acusações.

Gandra Martins também fez uma comparação com grandes casos de corrupção no Brasil, como o Petrolão e o Mensalão, nos quais figuras de destaque foram processadas por envolvimento em esquemas que causaram grandes danos financeiros ao país. Ele argumentou que, enquanto os envolvidos nessas grandes operações de corrupção foram, em sua maioria, acusados com base em provas substanciais, a acusação contra os denunciados no caso atual se baseia exclusivamente na delação de uma única pessoa, o que ele considera problemático, já que essa prática pode envolver pressões para que o delator forneça informações convenientes.

Em seguida, o jurista questionou a definição de golpe de Estado, afirmando que, historicamente, golpes não são realizados por grupos desarmados e sem o envolvimento das Forças Armadas. Para Gandra Martins, a acusação de um "atentado ao Estado democrático de direito", feita contra os envolvidos, não se sustenta, uma vez que não há evidências de que o grupo tenha realmente tentado derrubar o governo ou causar qualquer tipo de instabilidade política de grande escala.

Além disso, Gandra Martins associou a atual crise de popularidade do presidente Lula aos erros na política econômica de seu governo. Ele defendeu que a questão não é uma questão de comunicação ou narrativa, mas sim uma questão de mudança de política econômica. Para o jurista, se o governo não alterar a direção de suas políticas econômicas, a queda de popularidade de Lula continuará, o que pode afetar suas chances em uma futura reeleição.

Por fim, o jurista afirmou que a situação atual não beneficia a democracia brasileira, pois acusações baseadas em delações premiadas sem provas concretas enfraquecem as instituições. Ele ressaltou que o país precisa de mudanças substanciais em sua política econômica e que a confiança nas instituições democráticas só será fortalecida se as acusações forem bem fundamentadas e baseadas em evidências reais, não em narrativas que buscam desviar a atenção dos verdadeiros problemas do Brasil.


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