O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, está avaliando a possibilidade de antecipar a implementação das escolas cívico-militares para o segundo semestre de 2025. A informação foi divulgada pelo jornal Folha de S. Paulo. O programa tem como objetivo transformar algumas escolas estaduais em unidades de ensino com uma gestão inspirada nas forças armadas, buscando combinar o ensino acadêmico com disciplina, hierarquia e respeito.
De acordo com o deputado estadual Tenente Coimbra, responsável pela criação do projeto de lei, o governo planeja realizar audiências públicas nas 300 escolas que demonstraram interesse em adotar esse novo modelo. Essas reuniões têm como finalidade esclarecer a comunidade escolar sobre a proposta, ouvir sugestões e avaliar as expectativas em torno da implementação. Pais, alunos e profissionais da educação serão convidados a participar ativamente desse processo de consulta.
O governo pretende, após essas audiências, selecionar pelo menos 42 escolas para iniciar o programa. A escolha das instituições será baseada em fatores como a demanda da comunidade local, a infraestrutura disponível nas unidades de ensino e o engajamento dos profissionais da educação com o novo modelo de gestão. A ideia é fazer uma implementação gradual, começando com uma quantidade reduzida de escolas.
O modelo cívico-militar é uma adaptação do conceito educacional que, em vez de focar apenas na formação acadêmica, integra elementos da rotina militar, com ênfase em disciplina, ordem e respeito às regras. A proposta é que a presença da gestão militar nas escolas proporcione um ambiente mais seguro, com maior controle sobre a indisciplina e a violência, questões que têm afetado muitas unidades escolares em todo o estado.
Tarcísio de Freitas considera que a adoção do modelo pode ajudar a melhorar a qualidade da educação em São Paulo, trazendo mais organização e segurança para o ambiente escolar. O governador vê no programa uma alternativa para enfrentar a atual crise educacional e promover melhores resultados acadêmicos, além de diminuir os casos de violência e indisciplina nas escolas.
Contudo, a proposta tem gerado discussões entre educadores e especialistas. Enquanto alguns defendem os benefícios do modelo militar, como a ordem e a disciplina, outros apontam que essa abordagem não resolve questões estruturais mais profundas da educação, como a falta de recursos, as desigualdades no sistema educacional e as deficiências no ensino básico. Para muitos críticos, a criação das escolas cívico-militares pode desviar o foco das reformas mais urgentes necessárias nas escolas públicas.
O governo de São Paulo segue com o planejamento do projeto, e a escolha das escolas para a primeira fase do programa será decisiva para o sucesso da iniciativa. Se a proposta for adiante, poderá ter um impacto significativo no modelo educacional paulista e até influenciar a adoção do sistema em outras regiões do Brasil.
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