O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para manter os ministros Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin e Flávio Dino na análise da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre a suposta tentativa de golpe envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro. O julgamento, que analisou pedidos para afastar os magistrados do caso, terminou com ampla vantagem para a permanência dos ministros na condução do processo.
Confira detalhes no vídeo:
O ministro Kássio Nunes Marques, indicado por Bolsonaro ao STF, votou contra a solicitação do ex-presidente para retirar Flávio Dino e Cristiano Zanin do julgamento. Em sua decisão, Nunes Marques argumentou que não havia elementos extrapenais que justificassem o impedimento dos ministros. Dessa forma, ele acompanhou a maioria dos colegas na Corte.
O último a votar foi o ministro André Mendonça, também nomeado por Bolsonaro. Ele divergiu parcialmente do entendimento da maioria e defendeu que Alexandre de Moraes e Flávio Dino não poderiam participar do julgamento. Segundo Mendonça, Moraes deveria ser afastado da relatoria da denúncia por ter sido alvo de uma suposta tentativa de assassinato que estaria relacionada ao caso. Em relação a Flávio Dino, o ministro considerou que sua atuação prévia contra Bolsonaro, antes de assumir uma cadeira no STF, comprometeria sua imparcialidade.
Apesar da posição de Mendonça, os pedidos de afastamento de Alexandre de Moraes e Flávio Dino foram rejeitados por 9 votos a 1. Já a solicitação para impedir a participação de Cristiano Zanin foi recusada por unanimidade, com todos os ministros concordando que sua atuação como advogado na campanha de Lula em 2022 não interferia na sua imparcialidade para julgar o caso.
Com o resultado do julgamento, os três ministros seguem na análise da denúncia da PGR contra Bolsonaro e outros envolvidos na suposta tentativa de golpe. O entendimento majoritário do STF reforça que não há impedimentos legais que comprometam a participação dos magistrados na condução do caso.
A decisão do Supremo mantém o ritmo do processo e indica que o tribunal não vê motivos jurídicos para afastar os ministros, mesmo diante das contestações levantadas pela defesa do ex-presidente. Esse desfecho reforça o posicionamento da Corte em seguir com o julgamento sem mudanças na sua composição, o que pode ter impacto direto nos desdobramentos da investigação e nas futuras decisões relacionadas ao caso.
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