O julgamento da denúncia por tentativa de golpe de Estado contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados no Supremo Tribunal Federal (STF) foi marcado por um episódio de tensão envolvendo o desembargador Sebastião Coelho. Durante a leitura do voto do ministro Alexandre de Moraes, Coelho gritou a palavra “arbitrários” em direção aos magistrados, interrompendo brevemente a sessão.
O incidente ocorreu em meio a um julgamento já cercado de grande expectativa e polêmicas. Sebastião Coelho, que atua na defesa de Filipe Martins, ex-assessor da Presidência e um dos acusados no caso, foi impedido de acompanhar a sessão dentro do plenário onde a decisão estava sendo tomada. Sua exclusão gerou protestos e reforçou a insatisfação de setores que questionam a condução do processo pelo STF.
A análise do caso busca determinar se Bolsonaro e seus aliados teriam articulado medidas para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, após a eleição de 2022. O inquérito reúne indícios de que o grupo tentou contestar a legitimidade do pleito e mobilizar setores estratégicos do governo e das Forças Armadas para reverter o resultado. O julgamento pode levar à aceitação da denúncia e ao avanço das investigações contra os envolvidos.
O protesto de Sebastião Coelho reflete o descontentamento de parte da advocacia e da oposição ao governo com a forma como o Supremo tem conduzido o caso. Desde o início das investigações, aliados de Bolsonaro alegam que há perseguição política e excesso de poder por parte da Corte. A decisão de impedir Coelho de acompanhar presencialmente a sessão foi vista como mais um exemplo dessa postura, alimentando críticas à atuação dos ministros.
O desembargador já se destacou anteriormente por suas posições contrárias a decisões do STF, tornando-se uma figura ativa na contestação de medidas da Corte. Sua participação no julgamento de Bolsonaro reforça sua postura de enfrentamento em relação ao Supremo, especialmente em processos que envolvem lideranças da direita política.
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