Durante o julgamento da denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, o advogado de defesa, Celso Vilardi, fez duras críticas ao andamento do processo, destacando falhas graves no oferecimento da denúncia e nas investigações que envolveram o ex-presidente. Vilardi argumentou que Bolsonaro foi alvo de investigações por anos enquanto ainda estava no cargo, e que, quando conveniente, houve uma mudança de foro para que a decisão fosse tomada por uma Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) com a qual o ex-presidente teria pouco apoio.
O advogado também ressaltou a falta de acesso integral às provas por parte dos réus, mencionando que as defesas não receberam todos os documentos necessários a tempo de analisar adequadamente o caso. Segundo ele, muitos dos documentos só foram apresentados após a denúncia ter sido formalizada, dificultando a defesa e comprometendo a transparência do processo.
Vilardi questionou a qualidade das provas apresentadas, argumentando que elas não demonstravam, de forma clara, a participação de Bolsonaro nos fatos pelos quais foi denunciado. O advogado apontou que a acusação carecia de elementos sólidos que ligassem o ex-presidente aos supostos crimes, deixando a denúncia vulnerável a críticas sobre sua validade.
Além disso, a defesa do ex-presidente argumentou que os crimes imputados a Bolsonaro eram, na verdade, impossíveis de ocorrer no contexto descrito nas acusações. Vilardi defendeu que a interpretação dos fatos foi falha e que, de acordo com a visão da defesa, os documentos apresentados não sustentavam as acusações de forma convincente.
A mudança de foro, que levou a denúncia a ser analisada por uma Turma do STF considerada adversária de Bolsonaro, foi outro ponto de crítica do advogado. Vilardi sugeriu que essa decisão foi tomada de maneira estratégica, com o objetivo de influenciar o julgamento de forma desfavorável ao ex-presidente, levantando questões sobre a imparcialidade do processo.
Em relação à defesa, o advogado também destacou a dificuldade enfrentada pelos réus para acessar as provas no tempo adequado, o que prejudicou o direito à ampla defesa. A falta de acesso adequado aos documentos foi vista como uma violação do princípio constitucional do devido processo legal, que garante a todos os réus a oportunidade de se defenderem de maneira justa e plena.
Em sua sustentação, Vilardi pediu que o tribunal levasse em consideração as falhas processuais e as inconsistências nas acusações, que, segundo ele, não tinham base suficiente para justificar a denúncia contra Bolsonaro. A defesa solicitou que o caso fosse analisado com rigor, destacando que o ex-presidente não havia cometido os crimes que lhe foram atribuídos.
Em síntese, a defesa de Bolsonaro apontou uma série de falhas no processo, desde a mudança de foro até a falta de acesso às provas, e questionou a credibilidade das acusações. A argumentação do advogado evidenciou a necessidade de uma análise detalhada e imparcial do caso, que leve em conta os direitos do acusado e a transparência das provas apresentadas.
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