VÍDEO: PREÇO DOS ALIMENTOS “EXPLODE” E RJ TEM CESTA BÁSICA MAIS CARA DO PAÍS


O final de 2024 foi marcado por uma escalada nos preços da cesta básica de alimentos, gerando preocupação em diversas cidades brasileiras. De acordo com uma pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas, o custo dos alimentos essenciais aumentou em várias capitais. O Rio de Janeiro, que já liderava como a cidade com a cesta básica mais cara, manteve esse título, com o valor ultrapassando os mil reais.

Em outras cidades, como Brasília e Manaus, os preços também subiram de forma significativa. Em Brasília, a alta foi de 6,5%, enquanto Manaus registrou um aumento de 4,9%. Por outro lado, algumas cidades, como Salvador e Fortaleza, apresentaram uma redução nos preços, com variações negativas de 3,7% e 1,3%, respectivamente.

Produtos como o óleo de soja, a margarina, o café, a carne suína e as frutas foram os principais responsáveis pelo aumento nos preços da cesta básica. Esses alimentos registraram as maiores altas nos últimos meses, afetando diretamente o orçamento de muitas famílias, que já enfrentam dificuldades para equilibrar as despesas.

Como resposta à inflação crescente, o governo federal anunciou, em março de 2025, a isenção do imposto de importação sobre alguns alimentos. A medida visa diminuir os impactos sobre os preços dos produtos básicos. Além disso, o governo solicitou aos governadores que adotassem a isenção do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) nos estados, uma tentativa de aliviar a carga tributária sobre alimentos. No entanto, essa medida gerou críticas, já que estados como São Paulo e Paraná já haviam isentado o ICMS anteriormente.

Silvio Lazarini, diretor da Federação dos Hotéis, Restaurantes e Bares de São Paulo, comentou que fatores como a seca, as chuvas e o aumento da demanda interna também influenciaram no aumento dos preços. No entanto, ele destacou que a desvalorização do real em relação ao dólar tem sido um fator crucial, encarecendo os produtos importados. Lazarini acredita que as ações do governo, embora necessárias, ainda são insuficientes para combater de forma eficaz o problema.

A cesta básica no Rio de Janeiro, que já ultrapassa mil reais, tem colocado uma pressão ainda maior sobre as famílias, especialmente as de baixa renda, que têm dificuldades em adquirir alimentos essenciais. A alta no preço de itens como arroz, feijão, óleo e café tem gerado uma realidade difícil para muitas pessoas no país.

Em uma análise do cenário econômico, o economista Bruno Musa afirmou que a alta dos preços no Brasil está diretamente relacionada à desvalorização da moeda e ao crescente endividamento do governo. Ele criticou a falta de políticas eficazes de controle de gastos, o que, segundo ele, tem agravado a inflação e comprometido o poder de compra da população.

No caso do Rio de Janeiro, o impacto da inflação é ainda mais pronunciado devido aos altos custos da cidade, que já eram elevados devido à realização de grandes eventos internacionais, como a Olimpíada e os Jogos Panamericanos. A combinação desses fatores, junto a uma economia informal significativa, tem tornado a vida mais cara para os cidadãos, especialmente para aqueles com menos recursos.

O aumento dos preços da cesta básica continua a ser um dos maiores desafios para os brasileiros, e as perspectivas de alívio no curto prazo são incertas. Com a inflação corroendo o poder de compra, muitas famílias têm dificuldades para manter o básico nas prateleiras, criando um cenário preocupante para o futuro econômico do país.


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