No cenário econômico do Brasil, a notícia de déficits fiscais em estatais já é um tema recorrente, mas o que chama a atenção atualmente é o crescente número de rombos previstos para os próximos anos. O governo de Luiz Inácio Lula da Silva, conforme o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2026, anunciou um déficit estimado de 6,8 bilhões de reais para as estatais federais. Esse valor não só supera as previsões para os anos de 2024 e 2025, como também marca mais um recorde negativo para o governo.
Confira detalhes no vídeo:
Esse déficit nas contas das estatais não é uma novidade isolada. A situação das finanças públicas já é um tema constante nas manchetes dos jornais, e, embora esse tipo de notícia não seja inesperado, o impacto das políticas econômicas do governo atual é discutido com frequência. A crítica recai sobre a gestão das estatais, um setor importante para a economia brasileira, e a flexibilidade nas regras que governam essas empresas. A decisão de flexibilizar a Lei das Estatais, uma medida tomada pelo governo Lula, foi um dos marcos dessa gestão. A lei, que durante o governo Michel Temer teve como objetivo moralizar a administração pública e reduzir escândalos como o petrolão e o mensalão, agora permite uma maior liberdade na nomeação de dirigentes, o que gera preocupações sobre a volta de práticas questionáveis no gerenciamento das estatais.
O retorno de antigos nomes ligados a escândalos de corrupção também é um ponto de destaque. Entre os exemplos mencionados estão o caso da Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, que passou a ser gerido por pessoas sem experiência na área financeira, e o retorno de Guido Mântega à Eletrobras. A relação entre essas nomeações e os rombos nas estatais levanta suspeitas sobre a eficácia da gestão pública e os impactos dessas escolhas no desempenho das empresas estatais.
A situação financeira das estatais federais reflete-se diretamente nos fundos de pensão que custeiam as aposentadorias e pensões dos ex-funcionários dessas empresas. Com investimentos cada vez mais arriscados e decisões de gestão questionáveis, esses fundos estão começando a sofrer perdas significativas. O enfraquecimento da estrutura de governança nas estatais, somado a uma política de nomeações flexíveis e sem critérios técnicos, contribui para o aumento dos déficits.
A comparação com a gestão anterior, sob o ex-presidente Jair Bolsonaro, também é frequentemente feita. Durante o governo Bolsonaro, as estatais estavam em uma situação financeira mais estável, com superávits e lucros sendo registrados. Agora, sob o governo Lula, a crítica é de que as estatais voltaram a apresentar prejuízos, o que tem gerado um clima de insegurança e desconfiança entre os analistas econômicos e a população em geral. A alegação de que a herança deixada por Bolsonaro é a responsável pelo atual quadro de rombos nas estatais reflete o debate político e econômico que marca a polarização do país.
Essa situação de rombo nas estatais também traz à tona a questão da accountability e da necessidade de maior transparência na gestão pública. Com os déficits crescendo e os fundos de pensão em risco, a pressão sobre o governo Lula aumenta para que sejam adotadas medidas para corrigir as finanças dessas empresas e garantir que os erros do passado não se repitam, trazendo novamente à tona práticas que já deveriam ter sido superadas.
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