BRASIL: OFICIAL DE JUSTIÇA REVELA PARA BOLSONARO QUEM A MANDOU PARA INTIMÁ-LO NA UTI


A intimação do ex-presidente Jair Bolsonaro, realizada na última quarta-feira (23/4) enquanto ele se recuperava de uma cirurgia na UTI do Hospital DF Star, em Brasília, gerou grande repercussão política e jurídica. A diligência foi cumprida por uma oficial de Justiça que recebeu ordens diretas do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para garantir que o ex-presidente fosse formalmente notificado do processo em que é réu.

Confira detalhes no vídeo:

Bolsonaro está internado desde o dia 12 de abril, após passar por uma cirurgia abdominal de longa duração, e recebeu o mandado de citação enquanto ainda se recuperava. A entrega do documento foi feita ao meio-dia e 47 minutos, no leito hospitalar, de acordo com a oficial de Justiça responsável pela diligência.

O processo refere-se à denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que acusa Bolsonaro de tentativa de golpe de Estado. A acusação foi aceita pela Primeira Turma do STF, o que resultou na intimação do ex-presidente. A presença do oficial de Justiça em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) gerou críticas tanto entre parlamentares quanto entre juristas e apoiadores de Bolsonaro. Para muitos, a internação em uma UTI deveria impedir a realização de diligências desse tipo, salvo em casos excepcionais, o que não seria o caso aqui.

A decisão do STF de permitir a intimação enquanto Bolsonaro ainda estava hospitalizado foi justificada pelo fato de o ex-presidente ter participado de uma transmissão ao vivo enquanto se encontrava na UTI. Para a Corte, esse fato indicava que ele estava em condições de ser citado, mesmo sem alta médica. Além disso, o tribunal argumentou que, como outros réus haviam sido citados entre 11 e 15 de abril, a diligência com Bolsonaro não poderia ser adiada indefinidamente.

Após o cumprimento da intimação, o processo entra na fase de instrução, onde serão coletadas provas e depoimentos. A defesa de Bolsonaro terá a oportunidade de apresentar seus argumentos nas próximas semanas, dando início à defesa no caso. Enquanto isso, a expectativa sobre a evolução do quadro clínico do ex-presidente segue. O hospital ainda não divulgou uma previsão de alta, já que Bolsonaro continua em recuperação após a cirurgia de 12 horas, que visava tratar complicações intestinais e reconstruir a parede abdominal.

A decisão de realizar a intimação no ambiente hospitalar reflete o andamento do processo judicial e a busca por agilidade nas diligências, mas também levanta questionamentos sobre o equilíbrio entre a saúde do réu e a necessidade de avançar nas investigações. O episódio traz à tona discussões sobre os limites das ações judiciais em situações excepcionais, como internamentos graves, e sobre a maneira como as instituições lidam com figuras públicas em processos de grande repercussão.

O caso segue em análise, e as próximas semanas serão decisivas tanto para o avanço do processo quanto para a recuperação de Bolsonaro, que continua monitorado pela equipe médica do hospital.

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