BRASIL: PROJETO DE DEPUTADO LULISTA PODE GERAR PERDA DE ATÉ 18 MILHÕES DE EMPREGOS


O projeto de lei do deputado Érica Hilton, que visa abolir a jornada de trabalho de seis dias com um de descanso (6x1), gerou um intenso debate no cenário político e econômico do Brasil. A proposta sugere que a jornada de trabalho seja reduzida para quatro dias por semana, com três dias de folga. Contudo, um estudo da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG) alerta para possíveis efeitos negativos dessa mudança, destacando os impactos econômicos e os riscos para o mercado de trabalho no país.

Confira detalhes no vídeo:

O estudo elaborado pela FIEMG aponta que, caso o PL seja aprovado sem o devido aumento da produtividade, o Brasil pode enfrentar uma perda significativa de empregos, estimando-se que até 18 milhões de postos de trabalho possam ser extintos. De acordo com a análise, a baixa produtividade do trabalhador brasileiro, que é cerca de 23% inferior à produtividade dos trabalhadores nos Estados Unidos, torna a proposta inviável sem medidas compensatórias.

Além disso, o levantamento sugere que os custos operacionais para as empresas aumentariam consideravelmente, o que afetaria negativamente a competitividade das indústrias. A informalidade no mercado de trabalho, que já representa 38,3% da força de trabalho no Brasil, poderia ser ampliada, conforme as empresas tentariam reduzir custos em um cenário de menores jornadas de trabalho. O estudo também alerta para uma possível retração do Produto Interno Bruto (PIB), com uma queda de até 16% no faturamento de setores produtivos, o que corresponderia a quase 3 trilhões de reais, além de uma perda de 480 bilhões de reais na massa salarial.

A proposta de redução da jornada de trabalho ganhou atenção, mas também enfrentou críticas por não apresentar estudos técnicos que sustentassem seus possíveis efeitos. A FIEMG, ao apresentar seu levantamento, questiona a viabilidade do projeto sem que haja um aumento substancial na eficiência do trabalho. A falta de estudos detalhados sobre as implicações econômicas e setoriais da redução da jornada foi um ponto destacado por especialistas, que alertam para a necessidade de um planejamento mais robusto antes de implementar uma mudança tão significativa.

O impacto potencial do PL vai além dos números. A questão da produtividade no Brasil é vista como um dos maiores desafios para o crescimento econômico. Muitos especialistas sugerem que, antes de reduzir a carga horária, o país deveria focar em melhorar a formação técnica e profissional de seus trabalhadores, além de incentivar a modernização das indústrias com investimentos em tecnologia e inovação.

Enquanto isso, a proposta de reduzir a jornada de trabalho tem gerado divisões dentro do Congresso. A pressão popular em favor de condições de trabalho mais flexíveis contrasta com a necessidade de fundamentação técnica para decisões que podem afetar a economia nacional. A aprovação de uma medida sem estudos adequados pode, segundo críticos, colocar em risco a sustentabilidade do mercado de trabalho e da indústria no Brasil.

Assim, enquanto o debate continua, muitos se perguntam se é possível equilibrar as necessidades dos trabalhadores com as demandas econômicas do país, buscando uma solução que beneficie a todos sem comprometer a estabilidade econômica. O futuro da proposta de Érica Hilton ainda depende de mais discussões e, possivelmente, da apresentação de um estudo mais aprofundado que possa dar maior clareza sobre os impactos da medida.

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