Durante sessão realizada nesta terça-feira, 29 de abril de 2025, a senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) solicitou a prisão de um representante de empresa que prestava depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Bets, no Senado Federal. O homem, cujo nome não foi revelado até o momento, é apontado como responsável por intermediar pagamentos para uma casa de apostas atualmente sob investigação da comissão. Ele é acusado de mentir aos parlamentares, o que levou ao pedido de prisão com base em falso testemunho.
Confira detalhes no vídeo:
A sessão fazia parte da série de oitivas promovidas pela CPI das Bets, instaurada para apurar possíveis irregularidades envolvendo empresas de apostas esportivas que operam no Brasil. As investigações incluem suspeitas de lavagem de dinheiro, manipulação de resultados e uso de intermediários para dificultar o rastreamento das operações financeiras. A presença do depoente em questão era considerada uma das mais aguardadas, por ele ser supostamente peça-chave no esquema investigado.
Segundo a senadora, o comportamento do depoente indicava contradições e omissões que comprometeriam a veracidade de seus relatos. A parlamentar alegou que as respostas do interrogado eram evasivas e, em alguns pontos, contradiziam informações já levantadas pela comissão. Diante disso, Soraya Thronicke interrompeu a sessão e fez o pedido formal de prisão, alegando flagrante de falso testemunho — um crime previsto na legislação brasileira quando alguém mente ou omite informações relevantes em depoimento prestado perante autoridade pública.
O pedido da senadora provocou uma reação imediata entre os membros da comissão. Alguns parlamentares manifestaram apoio à iniciativa, enquanto outros pediram cautela, ressaltando a necessidade de avaliar os elementos jurídicos que sustentariam a detenção. A decisão final caberia ao presidente da CPI, que pode determinar a prisão em flagrante, caso entenda que houve clara violação da lei.
O depoimento fazia parte de uma linha de investigação que busca identificar como empresas envolvidas em atividades suspeitas conseguem movimentar grandes quantias de dinheiro sem levantar suspeitas imediatas de autoridades fiscais e financeiras. A CPI apura se empresas de fachada estariam sendo utilizadas para facilitar transações e dificultar a identificação dos reais beneficiários dos recursos.
A atuação firme da senadora reforça a tensão que marca os trabalhos da comissão, que já promoveu diversos depoimentos e tem convocado empresários, representantes de plataformas de apostas e técnicos do setor financeiro. O caso do suposto falso testemunho deve intensificar os trabalhos da CPI, além de aumentar a pressão sobre as empresas investigadas e seus representantes legais.
Enquanto a decisão sobre o pedido de prisão ainda está sendo analisada, os membros da CPI sinalizam que novas convocações e aprofundamentos nas investigações devem ocorrer nos próximos dias. A comissão busca reunir elementos que permitam traçar um panorama completo das operações ilegais associadas às bets, com o objetivo de propor medidas legislativas para aumentar a fiscalização e a transparência do setor de apostas no Brasil.
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