BRASIL: SENADORES E DEPUTADOS REAGEM APÓS STF CONDENAR MULHER QUE PICHOU ESTÁTUA COM BATOM A PENA EXORBITANTE


A condenação da cabeleireira Débora Rodrigues a 14 anos de prisão por ter escrito, com batom, uma frase em uma estátua durante os atos de 8 de janeiro provocou uma onda de indignação entre políticos, juristas e economistas. O caso se tornou símbolo de debates sobre a atuação do Supremo Tribunal Federal e levantou questionamentos sobre a proporcionalidade das penas aplicadas.

Confira detalhes no vídeo:

Entre os que manifestaram repúdio à decisão está o senador Magno Malta. Em pronunciamento nas redes sociais, ele classificou a pena como uma injustiça e lamentou o sofrimento que a cabeleireira e sua família deverão enfrentar. Para o parlamentar, a sentença representa um excesso, ainda mais considerando que houve um pedido de pena menor do ministro Luiz Fux, o único a divergir do relator. Apesar de considerar que até essa pena seria elevada, Malta destacou a importância de haver uma quebra na unanimidade que, segundo ele, segue a liderança de um poder excessivo concentrado no Supremo.

O senador também criticou lideranças políticas, afirmando que há hoje um grupo que domina as três casas do poder no país e que tem responsabilidade direta pelo que chamou de perseguições. Em sua fala, reforçou a defesa de uma anistia ampla para os envolvidos nos protestos de janeiro, afirmando que a luta continuará “custe o que custar”.

Outras figuras públicas também se manifestaram. O procurador Marcelo Rocha Monteiro, por exemplo, apontou a ilegalidade da decisão, tanto na forma quanto no conteúdo. Para ele, o Supremo Tribunal Federal não era o foro competente para julgar Débora, e a pena aplicada é desproporcional, considerando que crimes muito mais graves receberam punições mais brandas.

A condenação também foi criticada pelo economista e ex-ministro Adolfo Sachsida, que classificou a decisão como ilegal. Para ele, a ausência de competência do STF para julgar o caso torna a prisão de Débora inválida, e reforçou a necessidade de uma mobilização pela anistia.

A economista Marina Helena destacou a gravidade da situação, ressaltando o contraste entre a severidade aplicada a uma cidadã comum e a leniência muitas vezes concedida a figuras envolvidas em escândalos de corrupção. Em sua visão, o caso evidencia uma grande injustiça e gera revolta na população.

O deputado federal Gilson Marques também comentou o episódio, elogiando o movimento de divergência aberto pelo ministro Luiz Fux. Para o parlamentar, a postura de Fux pode representar o início de uma reação contra decisões consideradas arbitrárias e injustas, mostrando que a resistência a abusos é possível dentro do próprio Judiciário.

O caso de Débora Rodrigues, agora associado ao símbolo do batom nas redes sociais, ampliou o debate sobre o funcionamento das instituições no Brasil, especialmente sobre o equilíbrio entre Justiça e direitos individuais. O episódio promete continuar gerando repercussões políticas e sociais, com movimentos pedindo revisão das penas e a concessão de anistia para os envolvidos nos atos de protesto.

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