O ex-presidente Jair Bolsonaro, de 70 anos, permanece internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) após passar por uma cirurgia de grande porte no domingo, 13 de abril. O procedimento, que se estendeu por 12 horas, foi realizado para tratar complicações intestinais e reconstruir a parede abdominal, consequências diretas do atentado que sofreu durante a campanha eleitoral de 2018.
Essa foi a sexta intervenção cirúrgica de Bolsonaro desde o ataque, ocorrido em Juiz de Fora, Minas Gerais, no dia 6 de setembro daquele ano. Na ocasião, ele foi atingido por uma facada durante um ato de campanha. O autor do ataque, Adélio Bispo de Oliveira, foi detido em flagrante e, posteriormente, considerado inimputável pela Justiça em razão de problemas psiquiátricos. As lesões abdominais provocadas pelo atentado geraram uma série de complicações ao longo dos anos, exigindo constante acompanhamento médico e novas cirurgias.
A operação mais recente foi considerada a mais complexa até agora. Os médicos classificaram o processo de recuperação como delicado e demorado, o que exige cuidados intensivos e monitoramento constante. Não há, por enquanto, uma previsão definida para que Bolsonaro receba alta do hospital.
Em meio à recuperação, o ex-presidente tem mantido comunicações limitadas. Em uma mensagem divulgada por meio das redes sociais, ele informou que está focado na melhora de seu estado de saúde e que tem mantido contato apenas com familiares próximos e profissionais da saúde.
Apesar de estar afastado temporariamente da cena pública devido à internação, Bolsonaro continua a exercer forte influência política. Mesmo com a inelegibilidade decretada até 2030, resultado de condenações relacionadas às tentativas de desacreditar o sistema eleitoral após as eleições de 2022, o ex-presidente segue ativo nos bastidores e entre seus apoiadores. Antes da cirurgia, ele vinha participando de eventos e encontros com o objetivo de fortalecer sua base e pressionar o Congresso Nacional pela aprovação de uma proposta de anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023, quando prédios dos Três Poderes foram invadidos por manifestantes.
Nas últimas semanas, Bolsonaro ampliou sua atuação junto a grupos conservadores, buscando manter sua liderança entre setores da sociedade insatisfeitos com a atual gestão federal. A internação forçou uma pausa nessa agenda, mas interlocutores próximos garantem que ele pretende retomar suas atividades políticas assim que tiver condições clínicas.
A nova cirurgia reforça o impacto duradouro do atentado de 2018 em sua vida, tanto no aspecto pessoal quanto na trajetória política. Mesmo fora do poder e impedido de disputar eleições nos próximos anos, Bolsonaro segue como figura central no campo da oposição.
O ex-presidente está sendo acompanhado de perto por sua equipe médica, e novos boletins sobre sua evolução clínica devem ser divulgados à medida que o quadro avance.
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