Erick Moreno Hernández, conhecido como “El Monstruo”, o criminoso mais procurado do Peru, conseguiu escapar de uma grande operação policial em Suzano, na Grande São Paulo, aumentando o clima de tensão entre as autoridades brasileiras e peruanas. A tentativa de captura ocorreu nesta semana e resultou na morte de três pessoas: dois homens que atuavam como seguranças do foragido e o sargento da Polícia Militar Rafael Villodres, do Batalhão de Choque. Outro policial foi baleado e permanece sob cuidados médicos.
Chefe da facção peruana Los Federales, Moreno é condenado a 32 anos de prisão em seu país por diversos crimes, incluindo sequestro, homicídio, tráfico de drogas e participação em organização criminosa. Ele está na lista de procurados da Interpol, com um alerta vermelho emitido para sua prisão internacional. O governo peruano também oferece uma recompensa de 500 mil soles, o equivalente a cerca de R$ 785 mil, para quem colaborar com informações que levem à sua localização.
Informações das autoridades peruanas indicam que Moreno deixou o Peru em 2024, cruzando a Bolívia antes de se estabelecer em São Paulo. Desde sua chegada ao Brasil, ele estaria contando com a proteção do Primeiro Comando da Capital (PCC), o que reforça os indícios de uma aliança entre facções criminosas de diferentes países. A cooperação entre forças policiais brasileiras e peruanas já resultou em operações conjuntas, como a que foi realizada em Suzano, mas, até o momento, El Monstruo segue foragido.
A atuação do criminoso em território brasileiro é considerada um reflexo do fortalecimento do PCC na América do Sul. O avanço do grupo para além das fronteiras nacionais vem sendo monitorado por autoridades de segurança da região, que alertam para o risco de consolidação de redes criminosas transnacionais. A presença de Moreno no Brasil, articulando ações com o apoio de uma das maiores facções do continente, aumenta a complexidade da operação para capturá-lo.
O confronto que ocorreu durante a operação reforçou a gravidade da ameaça representada por Moreno. A polícia intensificou as buscas, ampliando o cerco na capital paulista e em outras regiões, e novas operações devem ocorrer nas próximas semanas. A cooperação entre os dois países continua ativa, com intercâmbio de informações e esforços conjuntos para localizar e prender o criminoso.
O caso evidencia os desafios enfrentados pelas autoridades no combate a organizações criminosas que operam de forma articulada em diversos países. A fuga de El Monstruo reforça a necessidade de estratégias integradas entre as forças de segurança da América do Sul, especialmente diante do crescimento da influência de grupos como o PCC fora do Brasil.
Com uma ampla rede de apoio e grande poder de articulação, Moreno é hoje um símbolo da nova configuração do crime organizado no continente. Sua captura é tratada como prioridade pelas autoridades peruanas e brasileiras, que seguem mobilizadas para evitar que ele continue expandindo sua atuação na região.
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