Internado por motivos de saúde, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não se afastou das articulações políticas e tem concentrado sua atenção na aprovação do projeto de anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023. Apesar do afastamento físico, Bolsonaro continua se comunicando com aliados e lideranças parlamentares para impulsionar a proposta no Congresso Nacional, mantendo viva uma de suas principais bandeiras desde o fim do seu mandato.
A mobilização do ex-presidente tem como foco a liberação dos detidos pelos atos que culminaram na invasão das sedes do Executivo, Legislativo e Judiciário, em Brasília. Para Bolsonaro, a situação dessas pessoas é prioritária e se sobrepõe, inclusive, à sua própria condição de inelegibilidade, determinada pela Justiça Eleitoral no ano passado. A defesa da anistia ganhou destaque em sua agenda política, mesmo durante a internação.
Bolsonaro tem utilizado interlocutores e meios de comunicação indireta para orientar os próximos passos do seu grupo político no Congresso. Por meio de aliados próximos, ele tem incentivado o avanço do projeto de anistia, procurando ampliar o apoio à proposta entre deputados e senadores. O movimento busca fortalecer a narrativa de que os manifestantes foram injustiçados e que a resposta judicial aos atos de janeiro foi excessiva.
Ao investir na pauta da anistia, o ex-presidente reforça sua ligação com a base mais leal de seus apoiadores, que enxergam os presos como vítimas de um sistema punitivo injusto. A atuação de Bolsonaro também visa manter a coesão interna de seu grupo político e reafirmar sua liderança mesmo sem mandato. O tema serve como ponto de unificação da oposição e também como crítica às instituições que julgaram os responsáveis pelos ataques.
Com a inelegibilidade ainda em vigor, Bolsonaro parece disposto a adotar um papel de articulador político e figura central da oposição, mesmo sem disputar eleições. Ele busca exercer influência sobre os rumos da direita e continuar ditando pautas que geram engajamento e pressão sobre o Congresso e o governo atual.
Durante o período de internação, sua dedicação à causa da anistia demonstra que o ex-presidente pretende manter sua relevância no cenário político. O episódio reforça a percepção de que, mesmo fora do poder e sem cargo público, Bolsonaro continua atuando como líder de um segmento expressivo da sociedade e da política brasileira, mantendo viva a polarização em torno dos acontecimentos de janeiro de 2023.
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