Fred D'Avila, ex-deputado conhecido por suas polêmicas declarações, rememorou o momento em que teve um encontro com o papa Francisco no Vaticano, em 2022, para pedir perdão pelas ofensas que fez ao líder religioso e outras figuras da Igreja Católica. O episódio de confronto teve origem em um discurso inflamado do ex-deputado em 2021, quando ele disparou insultos contra o papa e a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), além de ofender o arcebispo de Aparecida, dom Orlando Brandes.
Em 14 de outubro de 2021, durante uma sessão da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), D'Avila, que na época era membro do PSL, usou palavras duras contra representantes da Igreja, chamando-os de "safados", "vagabundos" e até os acusando de pedofilia. Seu discurso causou indignação e gerou críticas tanto de grupos religiosos quanto de outros segmentos políticos, tornando-se um dos episódios mais polêmicos de sua trajetória.
Após a derrota nas urnas nas eleições de 2022, D'Avila decidiu viajar até o Vaticano para buscar a reconciliação com o papa Francisco. Durante um encontro privado, ele se desculpou pessoalmente. O papa Francisco, em sua habitual atitude de perdão, respondeu com palavras de absolvição: "Deus perdoa a todos os pecados. Eu te absolvo dos teus pecados."
Esse gesto de D'Avila foi interpretado por muitos como um reconhecimento de erro e uma tentativa de reparar a imagem após a série de ofensas. Para ele, a experiência foi uma importante lição de vida. O ex-deputado ressaltou que o episódio também expôs as intenções de certos indivíduos que se utilizam da fé para fins políticos, uma prática que, segundo ele, vai contra os princípios fundamentais do cristianismo.
Enquanto alguns veem o pedido de desculpas como um sinal de verdadeiro arrependimento, outros questionam a sinceridade do gesto, lembrando o contexto político da época. O ato de pedir perdão ao papa após a perda de sua reeleição foi, para muitos, uma tentativa de restaurar a imagem do ex-deputado, que havia se colocado em uma posição difícil diante da opinião pública.
Com a morte do papa Francisco em 21 de abril de 2025, o episódio foi relembrado, destacando o encontro de reconciliação entre D'Avila e o pontífice como um momento importante no Brasil. O encontro foi visto como um símbolo de perdão, mas também como uma ilustração das tensões que surgem quando a política e a religião se entrelaçam. Para muitos, esse episódio ilustra o complicado vínculo entre a fé e as disputas ideológicas no país.
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