VÍDEO: DEPUTADOS PREPARAM GREVE NA CÂMARA PARA PRESSIONAR MOTTA


Deputados do Partido Liberal (PL) e parentes de pessoas presas por participação nos atos de 8 de janeiro estão se organizando para iniciar uma greve de fome dentro do Congresso Nacional. A iniciativa tem como principal objetivo pressionar o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a colocar em pauta o projeto de lei que propõe a anistia dos envolvidos nos ataques às sedes dos Três Poderes no início de 2023.

A proposta de anistia vem sendo defendida com veemência por setores da oposição, que alegam que os acusados vêm sofrendo punições excessivas. Apesar disso, o projeto enfrenta resistência e segue sem previsão de análise na comissão. A demora na tramitação gerou insatisfação entre parlamentares do PL, que agora acusam o presidente da CCJ de bloquear deliberadamente o avanço da matéria.

Com a greve de fome, os deputados oposicionistas pretendem aumentar a visibilidade da causa e chamar a atenção da opinião pública. Familiares dos detidos se somarão ao protesto, e o grupo pretende manter a mobilização dentro das dependências do Congresso. A oposição também anunciou que adotará a obstrução total das votações no plenário da Câmara até que o projeto de anistia seja incluído oficialmente na pauta.

O gesto representa uma escalada na disputa política em torno das consequências dos atos de 8 de janeiro. Até então, as discussões sobre o tema vinham sendo conduzidas nos bastidores, com tentativas de articulação interna e apelos em discursos públicos. Agora, a oposição aposta em uma mobilização mais direta e simbólica, apostando no desgaste político do deputado Hugo Motta e na pressão social sobre os demais integrantes da CCJ.

Nos corredores do Congresso, a iniciativa já provoca reações. Aliados do governo consideram a mobilização uma manobra para sensibilizar a população e forçar a votação de uma proposta polêmica. Por outro lado, deputados do PL afirmam que estão apenas buscando justiça para cidadãos que, segundo eles, estão sendo tratados de maneira desproporcional pelo sistema judicial.

A ameaça de paralisar os trabalhos legislativos com uma obstrução sistemática pode afetar diretamente a agenda da Câmara. Sem consenso entre governo e oposição, votações importantes poderão ser adiadas, dificultando o andamento de matérias prioritárias e gerando impasses no Legislativo. A obstrução é um instrumento regimental utilizado para travar as sessões plenárias e costuma ser empregada em momentos de forte embate político.

A continuidade da crise dependerá do posicionamento da presidência da CCJ e da capacidade de articulação entre as lideranças parlamentares. Com a pressão aumentando, o impasse sobre a anistia aos envolvidos nos atos de janeiro ganha novos contornos e reforça a polarização em torno do tema. Enquanto isso, o Congresso passa a ser cenário de mais um capítulo da disputa entre oposição e governo, em um contexto de grande tensão institucional.


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