VÍDEO: HUGO MOTTA FOGE DE PERGUNTA DE JORNALISTA SOBRE INTERRUPÇÃO DA ANISTIA


Em Brasília, o debate sobre a anistia para os envolvidos nos acontecimentos de 8 de janeiro segue sem uma definição clara. O tema foi discutido em um jantar entre o presidente Lula e líderes da Câmara dos Deputados, realizado na noite de quarta-feira. O evento reuniu 18 líderes de bancada, e, apesar da pressão para a votação do projeto de lei da anistia, o presidente da Câmara, Hugo Motta, decidiu postergar a análise da proposta. A decisão ocorreu mesmo com a coleta de assinaturas suficientes para que o requerimento de urgência fosse colocado em votação diretamente no plenário.

De acordo com os participantes do encontro, o presidente Lula se posicionou contra a concessão de anistia aos responsáveis pelos atos violentos de 8 de janeiro, mas evitou influenciar diretamente a decisão sobre como os parlamentares deveriam se posicionar. O encontro refletiu as intensas divergências políticas dentro do Congresso, com a oposição insistindo para que o tema fosse colocado em votação.

Embora o projeto de lei tenha recebido as 262 assinaturas necessárias para tramitar com urgência, o presidente da Câmara decidiu adiar a votação, uma medida que teve o apoio da maioria dos líderes presentes no Colégio de Líderes. A decisão de adiar a pauta foi justificada pela ideia de que o tema não deveria ser tratado nas próximas semanas, já que líderes de partidos representando a maior parte da Casa acreditam que o momento não é adequado para discutir a anistia.

Apesar do adiamento, os líderes garantiram que a discussão sobre a anistia não será abandonada e continuará nas próximas semanas. A oposição, especialmente o Partido Liberal (PL), que defende a inclusão da pauta na agenda, prometeu retomar a obstrução de pautas na Câmara. Os defensores da anistia veem a aprovação do projeto como uma forma de corrigir o que consideram um erro cometido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), alegando que o objetivo da proposta não é absolver os envolvidos na depredação, mas corrigir o que consideram uma falha no julgamento.

Porém, a decisão de adiar a votação não foi bem recebida pelos opositores, que garantem que, se o projeto fosse colocado para votação, a aprovação seria certa. A oposição prevê o apoio de mais de 310 votos a favor, baseados principalmente em aliados de partidos como o PL e outros membros do centrão. Contudo, o presidente Hugo Motta tem evitado colocar a proposta em votação, possivelmente temeroso de perder a disputa no plenário.

A situação no Congresso se torna ainda mais delicada com a crise envolvendo escândalos de corrupção no INSS, o que pode prejudicar o andamento de outras pautas importantes para o governo. A oposição ameaça retomar o bloqueio de pautas, o que pode afetar negativamente a agenda do governo.

O tema da anistia deve voltar a ser discutido nas próximas semanas, mas o adiamento da votação apenas aprofundou as divisões dentro do Congresso. O governo continua tentando impedir que a proposta avance, enquanto a oposição busca uma solução definitiva, pressionando pela inclusão da anistia na agenda do Legislativo.


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