VÍDEO: MALAFAIA APONTA “FARSA” DE PESQUISADORES DA USP SOBRE NÚMERO DE MANIFESTANTES NA PAULISTA


O pastor Silas Malafaia voltou a usar as redes sociais para contestar os números divulgados por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) sobre a quantidade de pessoas presentes em manifestações realizadas na Avenida Paulista. Em vídeo publicado recentemente, Malafaia acusou os estudos de serem tendenciosos e afirmou que os métodos utilizados para a contagem de participantes apresentam falhas significativas.

A principal crítica do pastor recai sobre a metodologia empregada para calcular o público nas manifestações. Segundo ele, a própria USP admite que a margem de precisão de seus levantamentos é limitada. Malafaia destacou o termo “acurácia”, utilizado pelos pesquisadores, explicando que ele representa a proximidade entre o resultado obtido e o valor real — e, com base nisso, argumentou que há uma margem de erro considerável, o que comprometeria a confiabilidade das estimativas.

Utilizando medidas da Avenida Paulista como base, Malafaia apresentou seus próprios cálculos. Considerando a largura total da via e seu comprimento, ele estimou uma área de cerca de 186 mil metros quadrados, somando a rua e as calçadas. De acordo com sua projeção, essa área seria capaz de acomodar até 744 mil pessoas, assumindo a presença de quatro pessoas por metro quadrado.

Com esse argumento, o pastor comparou duas manifestações: uma organizada por apoiadores da anistia e outra promovida por militantes ligados ao Partido dos Trabalhadores (PT). Enquanto a USP apontou 6.600 pessoas no ato do PT e cerca de 45 mil na manifestação pró-anistia, Malafaia argumentou que as imagens aéreas mostram uma realidade diferente. Para ele, a manifestação mais recente foi muito mais expressiva, o que colocaria em dúvida a validade dos dados apresentados pela universidade.

Durante o vídeo, ele exibiu registros feitos por drones para sustentar sua avaliação. Segundo Malafaia, embora os equipamentos tenham tido seu alcance limitado por interferências eletrônicas na região, as imagens seriam suficientes para demonstrar que a manifestação ocupou boa parte da avenida. Mesmo fazendo concessões a trechos menos lotados, o pastor afirmou que o público presente poderia variar entre 450 mil e 500 mil pessoas.

Ao final da gravação, Malafaia criticou a imprensa por reproduzir os dados da USP, que ele considera distorcidos. Reforçou a necessidade de relatar “a verdade” e sugeriu que os meios de comunicação não deveriam seguir o que chamou de “narrativa enviesada” de setores alinhados à esquerda.

A manifestação, além de representar um ato político, virou mais um capítulo na disputa sobre a interpretação dos fatos e na batalha por narrativas em meio à polarização política do país. O tom do discurso de Malafaia evidencia a desconfiança crescente em relação a instituições acadêmicas e à grande mídia entre os setores mais conservadores da sociedade.


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