O pastor Silas Malafaia fez uma visita ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que segue internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital DF Star, em Brasília, nesta quarta-feira (23/4). Bolsonaro está se recuperando de uma cirurgia abdominal realizada em 13 de abril para tratar uma obstrução intestinal. Após a visita, Malafaia se manifestou publicamente, fazendo duras críticas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
Em entrevista à imprensa, Malafaia chamou Moraes de “desgraçado” e expressou sua indignação pela ação judicial que levou a intimação de Bolsonaro enquanto ele estava hospitalizado. O pastor sugeriu que, se um membro da família de Moraes estivesse na mesma situação de saúde e recebesse a visita de um oficial de Justiça, o ministro tomaria atitudes drásticas, sugerindo que a situação geraria grande confusão.
A visita de Malafaia acontece no mesmo dia em que uma oficial de Justiça cumpriu a diligência de notificar Bolsonaro sobre a abertura de um processo no STF, no qual ele é acusado de tentativa de golpe de Estado. A acusação foi formalizada pela Procuradoria-Geral da República (PGR). A entrega do mandado gerou controvérsia entre aliados de Bolsonaro, que consideraram desrespeitosa a realização dessa diligência enquanto o ex-presidente ainda está internado em estado delicado.
Aliados de Bolsonaro questionaram a urgência da intimação, argumentando que não havia necessidade de tomar essa ação enquanto o ex-presidente ainda se recupera de uma cirurgia complexa. Muitos acreditam que o processo poderia aguardar alguns dias até que Bolsonaro saísse da UTI e estivesse em melhores condições de saúde.
Apesar das críticas, o STF se defendeu, justificando que, como Bolsonaro participou de uma transmissão ao vivo enquanto estava internado, isso indicava que ele estava em condições de ser notificado. Segundo o tribunal, a ação foi tomada para evitar mais atrasos no andamento do processo, que já está em curso.
Esse episódio gerou um debate sobre os limites da ação judicial em casos de internação hospitalar, principalmente em UTI, onde o estado de saúde dos pacientes é delicado. Juristas e políticos têm discutido a necessidade de considerar essas circunstâncias antes de realizar diligências em situações excepcionais.
Com a intimação cumprida, o processo contra Bolsonaro segue para a fase de instrução, onde serão coletadas provas e feitos depoimentos. A defesa do ex-presidente terá a oportunidade de apresentar seus argumentos no decorrer das próximas semanas. Enquanto isso, Bolsonaro permanece internado, e o hospital ainda não divulgou uma previsão para sua alta. O caso continua sendo monitorado de perto, com uma atenção especial para o impacto político e as repercussões jurídicas que podem surgir nos próximos dias.
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